A seleção brasileira de futsal está classificada para as quartas de final da Copa do Mundo da modalidade. No confronto válido pelas oitavas do Mundial, nesta terça-feira (24), no complexo esportivo da cidade de Bukhara, no Uzbequistão, o Brasil, mesmo carente do atual melhor jogador do mundo, o pivô Pito, com dores na parte posterior da coxa direita durante o aquecimento, derrotou a Costa Rica pelo placar de 5 x 0. Os gols foram marcados por Marcel, Felipe Valério, Leandro Lino e Neguinho (2x).
O desempenho tupiniquim em quadra não foi o mesmo do que se viu nas apresentações anteriores no torneio até aqui. Apesar de ainda ter sido dominante, a seleção não se consagrou absoluta, como já havia mostrado contra Cuba, Croácia e Tailândia. Em certos momentos, inclusive, teve dificuldades para criar. Portanto, o placar da vez não foi tão expressivo. Ainda assim, mostrou capacidade de decisão ao aproveitar as chances que teve e bom proveito da força do elenco para vencer.
A vitória, ademais, sustenta uma caminhada brasileira de solidez na Copa do Mundo. Além de ter números perfeitos na competição, com quatro vitórias em quatro partidas, figura no topo do ranking de campanhas por meio das estatísticas. Com 32 bolas na rede, tem o melhor ataque. Os dois gols sofridos colocam a equipe como uma das melhores defesas.
"Graças a Deus fui abençoado com dois gols. Mas fico mais feliz por ter ajudado a equipe e mais ainda pela classificação. Acredito que sabemos da qualidade dos nossos jogadores, e conseguimos vencer por ter feito uma boa marcação. Assim, nosso jogo ofensivo fluiu", avaliou Neguinho, eleito como melhor jogador da partida, ao SporTV.
"A gente tem procurado reforçar sempre a importância de vencer sem sofrer gols, sempre se distanciando de uma possibilidade de reversão do placar. Espero que continuemos apaixonados em se defender bem", disse o técnico Marquinhos Xavier, também ao SporTV. "Agora vamos jogar partidas em que o foco e a atenção vão ser cirúrgicos para que consigamos alcançar o nosso objetivo", acrescentou ele.
O próximo adversário será Irã ou Marrocos. As duas seleções se enfrentam às 9h30 desta quinta-feira (26). O vencedor enfrentará o time verde-amarelo no próximo domingo (29/9), também às 9h30, mais uma vez em Bukhara.
Bolas paradas fizeram a diferença
O grande desempenho brasileiro na competição, entretanto, não anula qualquer dificuldade dentro de quadra. Diante dos costa-riquenhos, partiu para o confronto sem o pivô Pito. Apesar disso, não mostrava dificuldades para dominar o rival e somar chances de perigo.
Depois de três tentativas salvas pelo goleiro Cesar Rosales, o Brasil contou com a estrela do até então melhor jogador do torneio, o ala Marcel, para abrir o placar. Com cinco minutos no relógio, Dyego cobrou lateral e encontrou o colega na intermediária. De primeira, Marcel estufou as redes com um chute cruzado. O tento foi o nono dele no torneio. Até aqui, é o artilheiro da competição.
A Costa Rica, entretanto, não se apequenava. Com o quarteto em quadra postado no ataque, ia para cima para correr atrás do prejuízo. Assim, quase empatou a partida. Em subida ao campo ofensivo, o arqueiro centro-americano foi ao limite antes de encontrar Daniel Gomez debaixo da trave brasileira. O pivô, porém, bateu para fora e desperdiçou a chance dourada.
Com 12 minutos no relógio, Arthur cobrou escanteio em direção à Felipe Valério. Mesmo com fraca finalização do ala, o time verde-amarelo contou com falha do goleiro Rosales para fazer o segundo. Quicando, a bola passou debaixo das pernas do dono da meta costa-riquenha.
Segundo tempo disputado
O confronto continuava engessado com o término do primeiro tempo e a chegada da segunda etapa. Com marcação individual bem estruturada, a Costa Rica tinha certo êxito ao não deixar o Brasil somar chances de gol. Isso não impedia a seleção, todavia, de manter o alto volume de jogo.
As tentativas de Dyego, Arthur e Ferrão, este último já em quadra para liderar o ataque verde-amarelo, eram impedidas pela defesa adversária. Nas poucas chances da equipe tricolor, Willian, seguro, fazia a diferença.
Foi, então, através de uma jogada individual, que os comandados de Marquinhos Xavier fizeram o terceiro. Com o balanço do corpo e uma sequência de pedaladas para o lado direito para se desvencilhar da marcação, Leandro Lino chegou na cara do gol e achou o canto para ampliar.
Livre de marcação em arrancada do lado direito, Neguinho acertou um chute de longe, mesmo com ângulo desfavorável, para fazer o quarto. Em seguida, ele mesmo aproveitou bobeada da defesa e bateu fraco, de trás do meio campo, para estufar as redes do gol vazio e dar números finais à partida: 5 x 0.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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