A seleção brasileira de futsal se prepara para iniciar a caminhada de vida ou morte em direção a um longínquo retorno à decisão de um Mundial. Às 9h30 desta terça-feira (24), em Bukhara, no Uzbequistão, o Brasil enfrenta a Costa Rica, pelas oitavas de final da Copa do Mundo da modalidade. A transmissão do confronto ficará sob a responsabilidade do SporTV e da CazéTV.
A equipe comandada pelo catarinense Marquinhos Xavier é favorita para avançar. Depois de três partidas realizadas na primeira fase, garantiu presença nas oitavas com retrospecto invicto. São nove pontos conquistados de nove possíveis. Apenas Argentina, Espanha e Irã são os outros participantes que tiveram campanha igualmente positiva.
No entanto, o time verde-amarelo se destaca até aqui pela capacidade de decisão nas duas extremidades da quadra. As 27 bolas na rede dão aos brasileiros o direito de dizer que possuem o melhor ataque do torneio. Apenas o Irã, com 20, se aproxima da estatística. Na defesa, foram apenas dois gols sofridos. Mesmo número tomado por Cazaquistão e Espanha. O saldo positivo de 25 tentos rende à Canarinho a melhor campanha em todo o torneio até aqui.
O trunfo tupiniquim diante dos costa-riquenhos será justamente o ataque. Até aqui, três jogadores brasileiros lutam pela artilharia da competição e aparecem nas primeiras prateleiras da disputa. Marcel é quem lidera. São oito gols do ala paulista. Ele é, inclusive, o líder de passe para gols no campeonato, com cinco, além de ter sido o autor do primeiro gol da equipe na estreia, contra Cuba.
Em seguida, está o pivô do Barcelona, Pito, com cinco. A frente dele, aparecem Salar Aghapour, do Irã, e Alan Brandi, da Argentina. Kevin Briceno, da Venezuela, e Arnold Knaub, do Cazaquistão, também tem cinco. Junto dos espanhóis Catela e Miguel Mellado, e do tailandês Muhammad Osamanmusa. O fixo Marlon tem três bolas na rede.
A expressiva média de nove gols por partida poderá ser fundamental diante do poderio defensivo instável da Costa Rica. A equipe comandada por Alex Ramos não possui uma das piores defesas do torneio, mas não deixou de enfrentar dificuldades. Foram 10 gols sofridos, além de nove marcados. Os números geram forte contraste se comparados com os do Brasil.
"Estimulamos os retornos defensivos e as ações de transições de ataque por meio de atividades com alta intensidade", disse Marquinhos Xavier, ao portal Gaúcho Zero Hora.
"É um mata-mata e sabemos que qualquer coisa pode acontecer. Cada jogo é perigoso, mesmo que o adversário seja considerado mais fraco. Não podemos permitir erros, pois não há volta a partir daqui", afirmou o goleiro Guitta, em entrevista à CBF.
"É uma equipe rápida e individualista, que não atua tão coletivamente. Esse jogo mais livre pode torná-los perigosos, pois tendem a jogar de forma mais solta, sem muita responsabilidade. Se não controlarmos a partida, isso pode nos complicar", acrescentou o arqueiro.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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