John Textor, proprietário do Lyon, concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (11), para comentar sobre a questão financeira do clube francês. O presidente do clube, que também é dono da SAF do Botafogo, afirmou que o Lyon não irá receber sanções da DNCG (órgão regulador do futebol na França) e afirmou que a venda do Crystal Palace servirá como “capital de giro”.
“Foi publicado que prometemos vender 100 milhões de euros e que seríamos punidos se não cumpríssemos, mas não é tão simples assim. O Lyon, agora parte da Eagle Football Group, é uma multinacional com um orçamento complexo. No nosso plano apresentado à DNCG, prometemos vender por 130 milhões de euros, mas também planejamos comprar por 211 milhões de euros, e isso ninguém mencionou. No final, vendemos apenas 40 milhões de euros e gastamos 145 milhões de euros. Não atingimos a meta de transferências porque alguns jogadores decidiram ficar. Haverá ajustes. Inicialmente, planejamos um déficit de 80 milhões de euros, mas acabou sendo de 105 milhões de euros, o que não é uma diferença tão grande”, explicou.
Dificuldades financeiras e aporte pessoal de John Textor
“Já investi 22 milhões de euros do meu próprio bolso e vou adicionar mais 40 milhões de euros nas próximas semanas”, disse.
“Esse mercado de transferências foi muito estranho, com o impacto da Eurocopa, dos Jogos Olímpicos e da entrada tardia dos clubes ingleses. Isso afetou nosso fluxo de caixa, além dos atrasos no pagamento dos direitos de TV. A situação está complicada para todos, e eu me pergunto se outros times vão conseguir sobreviver. Temos sorte de ser uma multinacional com acesso a outras fontes de dinheiro. Antes do verão, investi 22 milhões de euros do meu próprio bolso e vou adicionar mais 40 milhões de euros em breve. Temos algumas dívidas com fornecedores, que sofreram atrasos devido à demora nos pagamentos de direitos de TV e outros clubes. Isso é uma questão de timing, mas vamos resolver até o final do verão”, afirmou.
Venda das ações do Crystal Palace e a compra do Everton
“A venda das ações do Crystal Palace está bem encaminhada, temos várias ofertas interessantes e esperamos finalizar até o final do ano, o que trará um bom retorno financeiro (a Eagle possui 40% do clube). Quanto à possível compra do Everton, seria feita em meu nome, com meu próprio financiamento, não da Eagle. Eu seria o comprador e criaria uma nova holding. Tenho amigos que vão participar dessa aquisição, e haveria uma colaboração com o Lyon, mas sem impacto financeiro para o clube, apenas uma parceria”, disse o mandatário.
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