O valor do golpe financeiro sofrido por Dudu, do Palmeiras, aumentou R$ 4 milhões após avaliação de novos documentos por parte de auditoria contratada pelo jogador. O caso está sob responsabilidade do 15º Distrito Policial de São Paulo, e a Polícia Civil realizou dois mandados de prisão na segunda-feira (9). Thiago Donda, padrinho de casamento do atacante, segue desaparecido.
A auditoria concluiu, a partir de movimentações financeiras sem autorização de Dudu e com assinaturas falsas, que o atacante teve R$ 22.221.192,78 de prejuízo no golpe. Quando os representantes do atleta pediram instauração do inquérito, a quantia parcial era de R$ 18 milhões.
Transferências com assinaturas falsas para Thiago Donda e sua empresa – BWF Assessoria e Agenciamento – estão sob investigações da Polícia. Além disso, o cálculo do valor total também se baseou em juros, encargos e multas por impostos atrasados, cédulas de crédito e transferência de veículos por falsidade ideológica.
Mandados de prisão
Joelson Aguilar dos Santos, ex-gerente da agência do Bradesco, acabou detido nessa segunda-feira (8), em São Paulo. A polícia tem indícios de que ele também esteve envolvido no golpe aplicado em Dudu. A defesa do bancário não quis se pronunciar oficialmente sobre o caso.
Thiago Donda exercia papel de uma espécie de ‘braço-direito’ de Dudu e, inclusive, esteve entre os padrinhos do noivo no casamento do atacante. Procurado pela Polícia, o empresário segue desaparecido. Já sua defesa nega a veracidade das acusações, contesta as cifras e afirma que recorreu à decisão.
“Quanto à possibilidade de se entregar, todas as decisões estão sendo tomadas com base no respeito ao devido processo legal. Estamos recorrendo judicialmente para garantir que a verdade seja reconhecida. Sobre as acusações, Thiago reafirma que é inocente e que sua versão será esclarecida nos autos. A auditoria, contratada, conclui algo que não condiz com a realidade dos fatos e será devidamente contestada no âmbito judicial”, disse Wellington Vieira Martins Jr, advogado de Donda, à Itatiaia.
A assessoria de imprensa de Dudu, por sua vez, informou que o caso está entregue à equipe jurídica do atacante. Cabe destacar que a emissão dos mandados de prisão preventiva de cinco dias ocorreram no final de agosto, dia 21, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
“Os advogados acreditam que as ordens de prisão de Thiago Donda, ex-assessor pessoal do jogador, e Joelson Aguilar dos Santos, ex-gerente do Banco Bradesco e responsável pelas contas bancárias do atleta, na época dos acontecimentos, são reflexo direto do que o inquérito policial apurou até o momento”, diz a nota enviada à GZH.
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