Raphinha, que vive boa fase no Barcelona, desabafou sobre um tema – necessário – que tem sido cada vez mais recorrente no futebol: saúde mental. O brasileiro confessou o desejo de ter deixado o clube catalão nos primeiros meses de Espanha justamente pela dificuldade de adaptação entre outros fatores. E alertou para os riscos psicológicos da profissão.
O jogador reforçou a importância da terapia na rotina de um atleta, visto que, em suas palavras, o futebol pode destruir a cabeça do profissional. Raphinha revelou, ainda, que o trabalho psicológico teve papel fundamental na permanência no Barcelona.
O brasileiro acertou um vínculo de cinco temporadas com o Barcelona e se apresentou no clube em julho de 2022. Raphinha também recebeu propostas do Chelsea e Arsenal à época em que teve destaque no Leeds United, dos EUA, antes de transferir-se à Espanha.
Raphinha fala sobre saúde mental
O papo sobre a importância de cuidar da saúde mental rolou durante entrevista à rádio RAC1. Raphinha abriu o coração ao revelar que cogitou deixar o Barcelona nos primeiros meses de clube e teve dificuldade de levantar para ir aos treinos.
“Nos primeiros seis meses aqui (em Barcelona). Dias complicados para mim e para minha família. Melhorei depois da Copa do Mundo e terminei a temporada bem, mas teve luta na adaptação. Então, pensei em sair algumas vezes, mas esses pensamentos passaram rápido. Estamos falando do Barça. Clube enorme. Normal que seja difícil”, começou.
E prosseguiu: “Se você trabalha duro e quer ter uma carreira no futebol, você não pode desistir. Tive muitos motivos para desistir, deixar o futebol e continuar com minha vida. É uma profissão que te destrói. Houve momentos em que cheguei em casa e não sabia se levantaria na manhã seguinte para treinar novamente. Eu chorei, aqui (no Barcelona) também”.
Ainda durante a entrevista, Raphinha disse fazer acompanhamento psicológico e alertou sobre a importância do tratamento na rotina.
“Faço trabalho psicológico porque vi o quanto é importante. Todo mundo deveria fazer porque ajuda muito. Se você não cuida de si mesmo, o futebol te destrói. É muito fácil entrar em depressão e desistir de tudo”.
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