Futebol

Brasiliense cai nos pênaltis e perde luta pelo acesso à Série C

Mesmo com vitória por 1 x no tempo normal, Jacaré falha em tomar as rédeas do placar agregado e acaba derrotado nos pênaltis; Kayser, do Brasiliense, brilha com duas defesas, mas Darley se sobressai, com três intervenções

A desolação do Brasiliense enquanto o Retrô celebra a tarde heroica do goleiro Darley no Serejão, em Taguatinga -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
A desolação do Brasiliense enquanto o Retrô celebra a tarde heroica do goleiro Darley no Serejão, em Taguatinga - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O Brasiliense está eliminado da Série D do Brasileirão e fora da disputa pelo acesso. Diante de 3.840 torcedores no Estádio Serejão na tarde deste domingo (1°/9), o Jacaré acabou derrotado, nos pênaltis, pelo placar de 3 x 2 (1 x 0 no tempo normal, e 1 x 1 no placar agregado), pelas quartas de final do torneio. Portanto, não disputará as semifinais, e não tem mais chances de acesso à Série C.

A oportunidade era considerada como a chance de ouro da equipe candanga de subir de divisão pela primeira vez em 11 anos. Ademais, em decorrência da falha tentativa de chegar às finais do Candangão 2024, o certame nacional era a última chance de garantir calendário cheio em 2025, com Série D e Copa do Brasil. Agora, este cenário já não é mais possível, e a equipe não terá calendário. O Jacaré já disputou a Série C emcinco oportunidades, mas antes de ser rebaixada para a quarta prateleira nacional, em 2013.

Esta, aliás, independente da eliminação, foi a melhor participação da história do clube amarelo em 8 campanhas. Foi apenas a segunda participação nas quartas de final do torneio na história - a primeira depois de dez anos.

O revés também chega como uma tentativa mal sucedida de tirar o DF da fila de unidades federativas jamais promovidas à terceirona. Junto de Amapá, Mato Grosso do Sul, Roraima e Rondônia, o Distrito Federal é uma das cinco unidades sem o feito em questão, segundo levantamento do Correio.

O zagueiro Gustavo Henrique, do Brasiliense, lamentou a eliminação de uma equipe descrita por ele como "uma família". "A gente tem um grande grupo, muito unido. Independente da qualidade que temos, no fim das contas, era esse o grande diferencial. Todos são muito parceiros, nos respeitamos muito. Hoje, infelizmente, foi tudo definido por detalhes", disse ele.

"É difícil falar algo. Fomos do céu ao inferno. Se tivéssemos nos classificado, teríamos a Série C, mas agora, não temos nada. O que mais dói é o fato de termos feito uma grande campanha. Confiança estava grande. Porém, costumo dizer que pênalti não é só sorte, é qualidade também. É preciso reconhecer o esforço do adversário. Agora, é levantar a cabeça e seguir, é o que nos resta", complementou Gustavo Henrique.

Poucos espaços

Ao som de "Vamos subir, 'Nense'", o Brasiliense mostrava energia nos primeiros momentos da partida. Com chegadas sucessivas pelos dois lados do ataque, o time amarelo apostava justamente em Joãozinho e Tobinha, pelas beiradas, para levar perigo à meta de Darley. Pelo meio, no entanto, tinha dificuldades.

O desafio era fechar as lacunas presentes na faixa central do gramado. O problema havia sido justamente o grande inimigo durante a derrota por 1 x 0, no jogo de ida, com gol de Mascote. Com isso, o Retrô também levava perigo. Através da distribuição de jogo de Fernandinho, o time Pernambucano retinha a bola no ataque e somava finalizações. Com 20 minutos de jogo, foram três. O Brasiliense até levava mais perigo, mas sem momentos de muito brilho. Havia muita disputa.

Aos 41', o Jacaré finalmente venceu a primeira linha pernambucana. Em jogada pelo lado direito, Rodolfo bateu em direção ao gol e contou com desvio no meio da caminho para abrir o placar: 1 x 0.

Chances para os dois lados

A abertura do placar trouxe crescimento do time mandante na partida. Tobinha esteve perto de fazer o segundo em arrancada pela direita, assim como Tarta, em chute de longe. O Brasiliense teve até mesmo um pênalti marcado, posteriormente anulado pelo VAR.

Já na segunda etapa, o Retrô tinha disposição para correr atrás do prejuízo. Em batida de fora da área, Mascote obriu Kayser a fazer defesa difícil. O Brasiliense também desperdiçou oportunidades, com Netinho e Matheus Batista.

Decisão por pênaltis

Com vitórias magras de cada um dos lados nas duas partidas, a classificação seria decidida nos pênaltis. Na segunda cobrança amarela, Kaio Nunes isolou. Pelo Retrô-PE, Alencar foi impedido por defesa de Matheus Kayser, no canto inferior direito. Darley, no entanto, defendeu a cobrança de Netinho em nome do time de Pernambuco. O visitante, em seguida, acabou mais uma por Kayser, mas era Darley o nome da disputa na marca da cal. Vitória pernambucana por 3 x 2.

Ficha técnica:

  • Brasiliense 1 (3) x (2) 1 Retrô-PE - jogo de volta das quartas de final da Série D do Brasileirão 2024
  • Data e hora: Domingo, 1° de setembro de 2024, às 15h30
  • Local: Estádio Serejão, Taguatinga, Brasília
  • Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ)
  • Assistente 1: Luiz Cláudio Regazone (RJ)
  • Assistente 2: Thiago Rosa de Oliveira (RJ)
  • Quarto árbitro: Rafael Martins de Sá (RJ)
  • VAR: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)
  • Gols: Rodolfo (Brasiliense)
  • Cartões amarelos: Rômulo, Tarta, Gui Mendes e Márcio Duarte (Brasiliense) ; Dankler (Retrô-PE)
  • Público: 3.840
  • Renda: R$ 20.785

Brasiliense

Matheus Kayser; Netinho, Keynan, Igor Morais e Márcio Duarte; Gabriel Galhardo, Tarta e Rodolfo (Gui Mendes); Joãozinho (Kaio Nunes), Gabriel Pedra (Matheus Batista) e Tobinha (João Santos) Técnico: Luiz Carlos Winck

Retrô-PE

Darley; Rennan Siqueira, Dankler, Guilherme Paraíba e Toty; Rômulo (Luizinho), Alencar e Richard Franco; Fernandinho, Franklin Mascote e Richard Franco (Giva) Técnico: Itamar Schülle

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postado em 01/09/2024 18:29 / atualizado em 01/09/2024 23:08
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