A batalha no tapetão entre o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, e o jornalista Mauro Cezar Pereira teve mais um capítulo favorável ao comentarista no tapetão. Na última terça-feira, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo negou em segunda instância provimento ao recurso apresentado pelos advogados do treinador do clube paulista contra comentários feitos na Rádio Jovem Pan.
Há dois anos, Mauro Cezar Pereira comentou que Abel Ferreira tinha uma visão de colonizador depois de acompanhar uma entrevista coletiva do técnico. O treinador falava sobre o meia-atacante Gabriel Veron e criticava a formação dos jogadores brasileiros.
"De longe, são os melhores que eu já joguei, mas mentalmente têm muito que evoluir em educação, nível de formação enquanto homens. Eles não têm essa formação. Eles, às vezes, não têm noção do que estão fazendo, não tem noção nenhuma e apostar na formação é isto", argumentou.
Ao analisar o discurso de Abel Ferreira, Mauro Cezar classificou a entrevista como "papo de colonizador". "Então europeu não bebe, não faz bobagem, é todo mundo disciplinado. Eu não gosto quando os portugueses vêm para cá com esse papo furado. Abel fala em tom professoral, como se estivesse ensinando para nós brasileiros como a gente deve se comportar. Não, não é assim", afirmou.
Abel Ferreira apresentou uma ação civil e outra criminal contra o jornalista. Classificou os comentários como injúria e xenofobia. Perdeu a primeira e não recorreu. Ele também havia sido derrotado na ação criminal, contrapôs a decisão e voltou a ser derrotado no tribunal. Com isso, a decisão tomada em 2024 está mantida. O técnico tem de pagar R$ 10 mil em honorários a dois advogados: o de Mauro Cezar Pereira e o da Jovem Pan.
Em entrevista ao Correio Braziliense, o advogado do jornalista explicou o caso. "O Abel Ferreira entrou com duas ações contra o Mauro Cezar (Pereira). Uma ação civil de danos morais, perdeu e não recorreu. E uma ação criminal dizendo que o Mauro teria cometido crime de injúria e difamação contra ele. Perdeu em primeira instância, recorreu, o tribunal julgou e manteve a decisão de primeira instância. O Abel perdeu a civil e a criminal duas vezes".
Os advogados de Abel Ferreira queriam indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil. Entre os argumentos do treinador, a acusação de que Mauro Cezar é "um notório torcedor do Flamengo" e por causa da "paixão futebolística, muitas vezes emite comentários parciais desprovidos de caráter informativo".
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