Além de atleta de alto nível e repórter, Carla foi eleita Miss Brasil Cadeirante e representou o país na competição mundial. Se não bastasse, ela ainda separa tempo para fazer o que ama desde criança: dançar. Da banda colegial até os dias atuais, a brasiliense agora atua no grupo Street Cadeirante, do qual é CEO. O agradecimento por ter conquistado tudo isso vai para o pai, Celso Limp.
"Coisas muito doidas acontecem na minha vida, mas acho que é culpa do meu pai. Quase morri quando tive o sangramento espontâneo na medula, porque estava subindo para a cabeça. Quando o médico falou que tinha chance de óbito, meu pai rezou e me entregou para Deus, que Ele poderia me levar, mas que, se eu ficasse, que pudesse ter uma vida boa. Em nenhum momento foi fácil, passei por um luto ao ficar cadeirante, preciso de ajuda de alguém 24 horas por dia, mas pude viver coisas maravilhosas. Quando surgem oportunidades, eu agarro todas, porque elas não voltam, e é isso que vim fazer na Paralimpíada", compartilha.
Ativa nas redes sociais com o perfil @oicarlinha, a brasiliense mostra os bastidores da preparação em Troyes, na França, durante o período de aclimatação antes de ir para Paris. Mesmo longe da capital, o pedido, tanto para os compatriotas quanto para os seguidores, é o apoio durante a participação nos Jogos, que começam em 29 de agosto, ao lado de Marliane Amaral.
"Conto com a torcida de todo o DF por mim e os companheiros do Brasil. Estamos aqui representando todos vocês. Saibam que estamos dando duro para ir bem, não é só um dia de dedicação, são anos. Quando recebo mensagens de apoio, vejo que não estou sozinha e me dá muita motivação. Quero sair daqui orgulhosa de ter feito meu melhor e representado o Brasil como eu pude. Eu até falo 'bora, team Carlinha, rumo ao topo!' É isso sempre, por cada caminho, vamos juntos", projeta.
Estagiário sob a supervisão de Fernando Brito