Nesta segunda-feira (12), a Comissão de Justiça do Corinthians recomendou a convocação do presidente Augusto Melo e mais seis pessoas para prestar esclarecimentos sobre as irregularidades na gestão, entre as polêmicas, o contrato com a Vaidebet.
Além do mandatário Augusto Melo, o Conselho vai escutar os depoimentos do segundo vice-presidente do clube, Armando Mendonça; o ex-diretor financeiro Rozallah Santoro; o ex-jurídico Yun-Ki Lee; o ex-diretor adjunto do departamento jurídico, Fernando Perino; o diretor administrativo, Marcelo Mariano; e o ex-diretor de futebol Rubens Gomes.
“Eles (Comissão de Justiça) acharam que há indícios que alguém pode ter infringido regra estatutária. Então recomendaram para mim que fosse para a Comissão de Ética, acolhi o parecer e encaminhei para a comissão, que agora tem poder legal para instaurar um procedimento administrativo, apurar tudo o que já foi falado e feito”, afirmou Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do clube.
Apesar de atravessar um momento delicado nos bastidores, o impeachment do presidente Augusto Melo está descartado, de acordo com Romeu Tuma Jr.
O que vai acontecer?
A partir do depoimento dos convocados, o Conselho de Justiça do Corinthians vai apurar e analisar tudo o que aconteceu ao longo dos oito meses de gestão de Augusto Melo e enfim tomar uma decisão. Porém, a tendência é que demore um tempo para ter uma decisão final.
“São vários fatos, várias coisas que vocês noticiaram. Foi uma análise de tudo que foi feito, entrevistas… A Comissão de Justiça não teve acesso ao inquérito policial, que tramita sob segredo de justiça. A comissão processante, que é a de Ética, tem mais condição de fazer isso. Pode inquirir as pessoas”, explicou o presidente do Conselho.
“Ela tendo acesso ao que foi falado à Polícia, pode encontrar elementos que configurem infração estatutária. Há indícios, mas não temos certeza, então precisa dessa apuração mais aprofundada e focada. Agora a Comissão de Ética tem condições de responsabilizar quem, efetivamente, infringiu o estatuto do Corinthians. Vai poder individualizar condutas. E aí o Conselho julga”, finalizou.
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