Paris 2024

Em final inédita, Bárbara Domingos termina em 10ª lugar em Paris

Brasileira teve deslize crucial no arco e não conseguiu brilhar por medalhas nos Jogos Olímpicos. Campanha na ginástica rítmica, porém, amplia horizontes do país visando Los Angeles 2028

Paris Bárbara Domingos rompe fronteiras na ginástica rítmica do Brasil. Primeira atleta do país a disputar uma final de Mundial, a ganhar medalha no circuito internacional e a faturar o ouro dos Jogos Pan-Americanos, a ginasta paranaense de 24 anos ampliou a lista de ineditismos com a participação na decisão do individual geral da edição de Paris dos Jogos Olímpicos. Nesta sexta-feira (9/8), o pódio na Cidade Luz não veio. Mas a brasileira reforçou a tendência de consolidação do potencial da modalidade.

Primeira a se apresentar, Bárbara foi ovacionada pelos compatriotas ao entrar no tablado. A reação contagiou, de imediato, todos os lugares da La Chapelle Arena. O erro no arco, primeiro aparelho da disputa do geral individual em Paris 2024, eliminou praticamente as chances da brasileira, mas não impediu uma bela apresentação responsável por subir o patamar verde e amarelo na ginástica rítmica. O ouro da disputa ficou com a alemã Darja Varfolomeev. A prata foi para a búlgara Boryana Kaleyn. A italiana Sofia Raffaeli ganhou o bronze.

Abelardo Mendes Jr./Esp. CB/ D.A Press -
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Babi fez uma apresentação praticamente irretocável no arco. Com movimentos plásticos e sincronizados, parecia estar totalmente ligada ao aparelho. O erro veio no final, quando a peça escapou na recepção e parou longe. O detalhe impactou na nota: 29.600. A israelense Daria Atamanov (35.200), a alemã Margarita Kolosov (34.600), a eslovena Ekaterina Vedeneeva (34.100), a italiana Milena Baldassarri (32.600), a chinesa Zilu Wang (35.250), a bulgara Boryana Kaleyn (35.850), ucraniana Taisiia Onofriichuk (30.400), a alemã Darja Varfolomeev (36.300) e a italiana Sofia Raffaeli (35.250) foram melhores no aparelho.

Uma recuperação improvável envolvia muitos fatores fora do controle de Babi, como erros das concorrentes. A brasileira tinha o domínio apenas de fazer apresentações irretocáveis. Com a bola, foi assim. Ao som de Je Suis Malade, ganhou 33.200, quarta melhor avaliação do aparelho. De verde e amarelo, Bárbara levou bossa nova e samba para a Arena La Chapelle e encantou as arquibancadas com as maças. A nota, porém, teve um grau de severidade maior: 31.200. Ao fim da terceira rotação, a brasileira aparecia em 10º lugar na classificação geral.

Embalada por Lady Gaga, Babi assumiu as fitas para a apresentação no último aparelho nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Novamente, a brasileira causou reação de aplausos nas arquibancadas. Ao fim da séria, acenou e se curvou ao público. Um ato de agradecimento pelo carinho recebido ao longo do dia. A nota de 29.100 não faria mais tanta diferença: a missão de colocar o Brasil no mapa da elite da ginástica rítmica estava cumprida.

Rota LA 2028

Após romper barreiras nunca exploradas pela ginástica rítmica do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, Bárbara Domingos, agora, reinicia o ciclo visando Los Angeles-2028. E a edição do evento esportivo mais prestigiado do mundo na cidade dos Estados Unidos ter um ar de consolidação na volta às origens. Por lá, o país competiu pela primeira vez na modalidade (então inédita no programa de competições), com a carioca Rosane Favilla. Quem sabe seja um bom presságio de lugar ideal para o primeiro pódio.

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