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Emocionado, Andrade fala sobre o adeus a Adílio: ‘Figura humana sensacional’

Andrade durante o velório de Adílio, no salão da Gávea, sede do Flamengo

Um dos principais companheiros e amigos de Adílio dentro e fora de campo, Andrade, de 67 anos, se emocionou no velório do ex-jogador do Flamengo. Assim, o meio-campista marcou presença no velório do eterno camisa 8, no ginásio da sede da Gávea, nesta terça-feira (6). Ele relembrou grandes momentos ao lado do atleta, que morreu na segunda-feira (5), vítima de um câncer no pâncreas.

“É duro, doído, 68 anos, tinha muita coisa pela frente. Você nunca está preparado para a perda de um irmão. Sabemos que a morte é inevitável, mas nunca estamos preparados”, disse Andrade.

“É bastante fácil de falar sobre ele como jogador. Muita habilidade, era fantástico. Jogava pelo lado do campo, pelo meio. Sempre ficávamos juntos na concentração, também tínhamos o costume de combinar algumas coisas para os jogos. Ele já sabia os meus movimentos”, relembrou.

“É muito difícil esse momento. Era um ser humano que ajudava todo mundo, ajudava as pessoas. Difícil descrevê-lo. Sempre estivemos juntos, estive mais com ele do que com meus irmãos. Então é uma perda muito grande”, afirmou.

Eterno aprendizado

Na conversa com a imprensa, Andrade também recordou quando conheceu Adílio, há 50 anos, em 1974. O ex-jogador chegou de Minas Gerais e construiu uma amizade sólida, que refletia no entrosamento dentro de campo. Dessa forma, ambos completaram 15 anos atuando lado a lado, e o ex-atleta ressaltou que aprendeu muito com o eterno companheiro de meio de campo.

“Cheguei em 1974 ao Flamengo, vinha de Minas, e tive a oportunidade de conhecê-lo. Foram 15 anos atuando juntos e com ele eu aprendi muita coisa. Ele era uma figura humana sensacional. Tinha sempre algo para ensinar. Nunca estamos preparados para momentos como esse. É realmente a perda de um irmão”, finalizou.

Por fim, Adílio e Andrade, ao lado de Zico, fizeram parte do maior meio campo da história do Flamengo. O trio, por exemplo, foi titular contra o Liverpool (ING), quando o Rubro-Negro foi campeão mundial no Japão, no dia 13 de dezembro de 1981. Além disso, os antigos donos das camisas 6, 8 e 10 levantaram troféus estaduais, nacionais e, claro, da Libertadores.

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