Olimpíadas Paris-2024

Medina repete Tóquio-2020 e perde na semifinal do surfe olímpico

Brasileiro sofre por mar fraco e perde para o australiano Jack Robinson, número 3 do mundo; tricampeão irá disputar pelo bronze ainda nesta segunda-feira (5/8)

O fantasma se repetiu e Gabriel Medina parou na trave mais uma vez. O surfista brasileiro perdeu para o australiano Jack Robinson por 6.33 x 12.33, nesta segunda-feira (5/8), e está fora da briga pelo ouro no surfe masculino dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Atrapalhado pelo mar fraco em Teahupoo, no Taiti, o tricampeão mundial conseguiu surfar apenas uma onda e parou na semifinal, assim como em Tóquio-2020. A decisão do bronze será ainda nesta segunda, às 19h54, contra o peruano Alonso Correa.

Favorito ao ouro, Medina foi “vítima” da situação das águas na Polinésia Francesa. As baterias das semifinais do masculino e feminino estavam previstas ainda para o meio da semana passada, mas as condições ruins do mar fizeram com que as disputas fossem adiantadas. Com a aproximação do fim das Olimpíadas, a janela do surfe chegou ao último dia e a prova aconteceu mesmo com poucas ondas, longe do cenário de tubos que marcou o começo da modalidade.

Foi a segunda vitória de Robinson contra o brasileiro em Teahupoo. Atual número 3 do ranking da Liga de Surfe Mundial (WSL), o australiano venceu uma etapa da elite em 2023, mas no cenário contrário. Na ocasião, ele surfou menos ondas, porém conseguiu caprichar nas que pegou e somou uma pontuação maior, de 15.66 x 15.00. A decisão será contra o francês Kauli Vasst, às 21h16.

Como foi a bateria

A primeira formação veio somente após sete minutos de bateria e Jack Robinson entrou nela, mas pouco fez e conseguiu 0.50. Ainda assim, apostou em outra na sequência, desta vez com mais rasgadas, e somou um 4.50.

Usando o que o mar entregava, Medina aproveitou a saída do australiano e pegou uma onda de manobras de borda. Com três rasgadas, e equilíbrio na junção, o brasileiro recebeu 6.33 de nota na avaliação dos juízes para assumir a liderança, mas não por muito tempo.

Pouco depois, com 12 minutos de disputa, Robinson viu formar a onda que lhe garantiria a medalha: um tubo. Mesmo longe de ser uma das grandes formações dos primeiros dias de surfe em Teahupoo, o número 3 do mundo conseguiu sair da espuma e recebeu 7.83, somando para 12.33 no total. Mesmo com mais da metade da bateria pela frente, nenhuma onda se apresentou para os dois surfistas e a prova acabou com apenas quatro ondas surfadas.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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