Fim das atividades da ginástica artística na Arena Bercy. Menos de uma hora depois de a brasileira Rebeca Andrade subir ao pódio para receber a medalha de ouro da prova do solo, o fluxo de ginastas é substituído por um intenso "vai e vem" de funcionários com um só objetivo: trocar a "roupa" do espaço e deixá-lo apto para virar a casa do basquete nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
Quatro jogos estão marcados já para terça-feira (6/8), a partir das 11h no horário de Paris. Por isso, a pressa. O Brasil, por exemplo, enfrentará o "Dream Team" dos Estados Unidos às 21h30 (16h30 em Brasília). A principal missão das dezenas de homens com coletes amarelos é desmontar toda a estrutura das provas na ginástica artística. Desde a semana passada, o espaço central de competições estava tomado por quatro grandes plataformas de madeira, com ornamentos dos Jogos e os aparelhos das competições.
Tudo será substituído pela estrutura do basquete. O Correio acompanhou parte da troca de pisos das modalidades na Arena Bercy. Com a pressa de deixar tudo pronto em menos de 24h, os funcionários rapidamente deixaram o espaço com cara de obra em andamento. Às 17h no horário francês, poucas coisas ainda lembravam o espaço no tablado no qual o Brasil faturou três medalhas. Segundo funcionários ouvidos pela reportagem, o trabalho avançará durante a madrugada.
Pela manhã, o público presente na Cidade Luz e espalhado pelo mundo vão se deparar com uma nova versão da Arena Bercy — seja presencialmente ou pela televisão. Muita coisa além da implementação da quadra de basquete será feita e os mais distraídos podem, até mesmo, pensar que se tratam de ginásios diferentes. Até mesmo o espaço de imprensa mudará de lugar. Antes estava centralizado com os tablados da ginástica artística, ficará, agora, posicionado atrás das tabelas nos quais os astros prometem belas jogadas.
"É uma força de tarefa extraordinária. Lebron James e o Dream Team não jogam em qualquer piso", explicou um dos profissionais de organização dos Jogos Olímpicos envolvidos no processo. Da ginástica, a área do salto foi a primeira desmontada. As barras assimétricas rapidamente sumiram do espaço. Aparelho no qual Simone Biles e Rebeca Andrade não conquistaram medalhas, a trave permaneceu no mesmo lugar, enquanto os blocos responsáveis por formar o tablado eram desmontados. Porém, quando a Arena Bercy voltar ao centro dos holofotes, o cenário do espetáculo será totalmente diferente.