Adílio, um dos grandes nomes da história do Flamengo, morreu na manhã desta segunda-feira (5/8), no Rio de Janeiro. Brown, como carinhosamente era chamado por seus companheiros, vinha lutando contra um quadro avançado de câncer no pâncreas. Aos 68 anos, o ex-jogador estava internado em uma hospital na Zona Oeste há cerca de duas semanas.
Com a piora de Adílio, ex-jogadores do Flamengo, que conquistaram títulos importante ao lado do eterno camisa 9 do Mais Querido, foram até o hospital para visitá-lo na última semana para um adeus.
História de Adílio pelo Flamengo
Adílio vestiu as cores rubro-negras entre 1975 e 1987. Durante sua trajetória, disputou 617 jogos, com 377 vitórias, 148 empates e 92 derrotas, além de marcar 129 gols. Ele, aliás, ocupa o terceiro lugar na lista de jogadores com mais partidas pelo clube, e é um dos maiores ídolos da história do Rubro-Negro.
Mesmo após pendurar as chuteiras, Adílio não deixou de frequentar a Gávea e vestir o Manto Sagrado. Assim, ele se tornou o presidente da FlaMaster, time formado por ex-jogadores do clube carioca. Nos últimos anos, nomes como Rondinelli, Urigueller, Andrade e Ronaldo Angelim, além do próprio Adílio, faziam parte do grupo.
Trinca histórica
Adílio e Andrade, ao lado de Zico, fizeram parte do maior meio campo da história do Flamengo. O trio, por exemplo, foi titular contra o Liverpool (ING), quando o Rubro-Negro foi campeão mundial no Japão, no dia 13 de dezembro de 1981. Além disso, os antigos donos das camisas 6, 8 e 10 levantaram troféus estaduais, nacionais e, claro, da Libertadores.
Chances na Seleção
Devido à imensa concorrência e abundância de craques brasileiros que atuavam no meio de campo durante as décadas de 70 e 80, Adílio teve poucas chances de atuar como titular na Seleção Brasileira, mas uma delas foi épica: a inesquecível vitória sobre a Alemanha no Maracanã, quando Telê escalou o meio de campo do Fla e Adílio foi o melhor em campo, dando até passe primoroso para o gol da vitória por 1 a 0 (marcado por Junior).
A origem
Nascido em 15 de maio de 1956, o Adílio Oliveira Gonçalves é um verdadeiro carioca da gema. Desde moleque, ele já tinha uma conexão com o Flamengo que ia além do normal. Morador da Cruzada São Sebastião, que é uma área pobre entre Ipanema e Leblon, ele praticamente cresceu pulando os muros do clube da Gávea só pra ver os treinos do time.
Ele, aliás, começou a jogar com Dominguinhos, ex-atacante do Flamengo, na Usina de Talentos, na comunidade no Rio. Naquela favela de cimento armado, também foram revelados outros craques, como Rui Rei, Antunes, Ernani, Júlio César Urigueller e Paulinho Pereira. Todos costumavam jogar bola também na Praia do Pinto.
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