Paris — Poucos atletas em qualquer modalidade esportiva têm tantos feitos expressivos na carreira quanto Novak Djokovic. Lenda do tênis mundial, o sérvio conta com um currículo invejável de títulos de peso em Grand Slams. Mas faltava um: os Jogos Olímpicos. Ao alcançar o ouro em Paris-2024, o atleta não apenas zerou as conquistas mais importantes da modalidade, como conseguiu realizar, aos 37 anos, um dos sonhos mais relevantes da trajetória profissional.
O topo do pódio olímpico veio neste domingo (4/8). No apoteótico estádio de Roland Garros, Djokovic venceu o espanhol Carlos Alcaraz em duelo intenso de quase três horas de duração. Com o espanhol se colocando como um duro oponente, o sérvio venceu por dois sets a 0, com parciais de 7/6(3) e 7/6(2). Além do ouro inédito, o resultado nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 foi responsável por quebrar uma série de marcas.
Djokovic subiu ao pódio com 37 anos e 74 dias. Assim, se tornou o tenista mais velho a conquistar o ouro desde a volta da modalidade ao programa olímpico, em Sul-1988. O sérvio é o quinto tenista na história a alcançar o chamado Carrer Golden Slam. O feito conquiste em ser campeão de Wimbledom, Roland Garros, US Open, Australia Open e dos Jogos. Além dele, Andre Agassi (Estados Unidos), Steffi Graf (Alemanha), Rafael Nadal (Espanha) e Serena Williams (Estados Unidos) repetiram a sequência histórica.
Até pela raridade da carreira tão brilhante, Djokovic se permitiu emocionar como se fosse um tenista no primeiro ano de carreira. Para Nova, mesmo depois de tantos troféus conquistados, o ouro olímpico de Paris-2024 é o maior sucesso esportivo alcançado por ele na vida. “Fui tão abençoado por ganhar praticamente tudo o que há para ganhar no meu esporte, mas isso é algo diferente. Isso supera tudo o que já senti na quadra de tênis depois de ganhar grandes troféus, é uma alegria incrível", vibrou.
Rival de Djokovic na final, Alcaraz não se abalou por ter perdido o ouro. Em ascensão meteórica na carreira, enfileirando os primeiros títulos de Grand Slams, o espanhol valorizou bastante a prata. "Foi emocionante. Significa muito trazer uma medalha para a Espanha. Ter uma medalha é uma sensação incrível que eu tenho que aproveitar. Só preciso perceber que não é todo dia que ganho uma medalha", destacou o tenista de 21 anos.