OLIMPÍADAS

Decepcionado, Hugo Calderano cita peso da semi na derrota pelo bronze

Brasileiro pontua dificuldade de se recuperar de queda na semifinal olímpica antes de disputar medalha em Paris-2024. Mesmo com tristeza, vislumbra crescimento: "tenho muito a dar ao tenis de mesa"

Paris — A decepção de Hugo Calderano pela derrota na disputa da medalha de bronze do tênis de mesa nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 estava estampada no rosto. Com sentimentos acumulados pela queda doída na semifinal da disputa individual da modalidade, o brasileiro perdeu para o francês Felix Lebrun, por 4 games a 0 (parciais de 11/6, 12/10, 11/7 e 11/6) e não subirá ao pódio da Arena Paris Sud 4.

Com os olhos marejados e apresentando certo inchaço, evidenciando um desafogo recente de tristeza, Hugo não escondeu: não houve tempo para ele se recuperar da incomoda derrota anterior para Truls Moregard, na sexta-feira (2/2). Mesmo concentrado na luta pelo bronze, o brasileiro não encontrou o melhor estilo de jogo apresentado ao longo do ciclo rumo a Paris-2024 e sucumbiu diante de uma arquibancada frenética pela conquista do rival francês.

“Foi bem difícil me recuperar da derrota na semifinal, não tive muito tempo. Tentei o meu melhor, claro que fiquei muito decepcionado de não ganhar aquela semifinal, mas algumas horas depois e ontem o dia inteiro, pensei como abordar essa disputa do bronze. Fiz tudo que pude, mas, infelizmente, não consegui propor o meu melhor”, respondeu, quando questionado pelo Correio se o peso psicológico havia interferido na partida que poderia dar a primeira medalha do Brasil no tênis de mesa.

Calderano não teve muito tempo para lamentar o peso das duas derrotas sofridas na Arena Paris Sud 4, tampouco para prospectar o impacto disso no futuro profissional. Porém, ainda em resposta à reportagem do Correio, o mesa-tenista vislumbrou meios de aprender com os fortes tropeços de Paris-2024 para se fortalecer ainda mais em direção a outras conquistas expressivas para o Brasil na modalidade.

“Com certeza, a minha carreira e vida não acabam aqui. Tenho muito para dar ao esporte e ao tênis de mesa brasileiro. Vou precisar assimilar esse resultado, positivo, mas muito decepcionante no final. Só preciso de tempo para voltar com calma, para treinar e me dedicar. Até aqui, sempre continuei evoluindo constantemente e tenho certeza de que não será aqui que vou parar de fazer isso”, vislumbrou.

O brasileiro tem outros compromissos ainda na atual edição dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Nesta segunda-feira (5/8), as 10h, Calderano lidera o Time Brasil nas disputas por equipes. O adversário será Portugal. Depois, a ideia é descansar. “Vou tentar tirar um tempo, algumas semanas ou um mês fora com a minha família para descansar um pouco. Me fará bem. O ciclo, apesar de ser mais curto, foi muito longo", destacou.

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