SURFE

Surfe: o que está em jogo para os brasileiros na etapa de Fiji

Disputa na Oceania é a última classificatória para o WSL Finals, em Trestles (EUA), em setembro. País tem chances de classificação com Italo Ferreira, Yago Dora, Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb

Medalhistas de prata e de bronze nos Jogos Olímpicos 2024, Tatiana Weston-Webb e Gabriel Medina sonham em colocar o Brasil no WSL Finals, em Trestles, na Califórnia -  (crédito: Matt Dunbar/World Surf League)
Medalhistas de prata e de bronze nos Jogos Olímpicos 2024, Tatiana Weston-Webb e Gabriel Medina sonham em colocar o Brasil no WSL Finals, em Trestles, na Califórnia - (crédito: Matt Dunbar/World Surf League)

Não cometa o pecado de perder a etapa de Fiji do Circuito Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês). Além do retorno ao cronograma da competição após sete anos de ausência, a disputa em Tavarua entra em cartaz como a primeira após os Jogos Olímpicos de Paris-2024 e a última da temporada regular. Há previsão de Brazilian Storm, com possibilidades de pancadas de classificações no masculino e no feminino. 

A janela da última chamada para a WSL Finals, em Trestles, na Califórnia, de 6 a 14 de setembro, foi aberta nesta segunda-feira (19/8), mas sem surfistas em ação, devido à falta de ondas. Tempo, porém, não é a maior preocupação. A agenda está reservada até 29 de agosto. Brasileiros agradecem. Entre os homens, três dos nossos surfistas sonham em seguir na briga pelo título — classificam-se à decisão os mais bem ranqueados após a última etapa. Haverá nova tentativa nesta terça-feira (20/8), às 16h (de Brasília), mas a melhor previsão é para o dia 21, com ondas de 2,5m de altura.

Italo Ferreira é o brasileiro em situação mais confortável, com a quarta colocação. O primeiro campeão olímpico da história do surfe depende das próprias forças para seguir na caça ao segundo troféu mundial. Uma campanha de semifinal em Fiji o garantirá em Trestles. Yago Dora vive situação parecida, embora ocupe a sexta posição. O paranaense radicado em Florianópolis mira a presença na decisão da etapa para carimbar o passaporte à próxima fase. 

Tricampeão mundial e medalhista de bronze na Olimpíada de Paris, Gabriel Medina avalia cenários. Oitavo melhor surfista desta temporada da WSL, o paulista de Maresias precisará combinar boas atuações em Fiji com tropeços de adversários diretos. Matematicamente, o único surfista garantido na decisão pelo título é o havaiano e líder John John Florence. Segundo colocado, Griffin Colapinto avança com simples sucesso na primeira eliminatória. Além dos brasileiros, estão acima de Medina e com chance de classificação: os australianos Jack Robinson (3º) e Ethan Ewing (5º), além do sul-africano Jordy Smith (7º).

A matemática permite Gabriel Medina comemorar a manutenção das chances de tricampeonato em quatro cenários. O primeiro, faturando o título da etapa e se Jack Robinson ou Italo Ferreira forem eliminados nas quartas. Terminando em segundo, precisará torcer para o compatriota Yago Dora e Jordy Smith caírem nas quartas ou para Robinson e Italo não passarem de 17º na classificação. A penúltima hipótese permite Medina encerrar em terceiro, mas torcendo para Ewing fechar em 17º e Yago ou Jordy em 9º. No pior dos quadros, o paulista pode fechar em quinto, secando para Crosby Colapinto ou Rio Waida não faturar o caneco.

Feminino 

Embalada pela conquista a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, Tatiana Weston-Webb é a única brasileira com possibilidade de avanço. A gaúcha de Porto Alegre desembarcou em Fiji com a sétima colocação e focada em chegar à decisão da etapa. No entanto, a presença dela na fase mais a aguda não assegura o sucesso. Se for campeã, torcerá para a australiana Molly Picklun parar antes da semifinal e para a havaiana Gabriela Bryan não ir à final. Em caso de vice, a brasileira não alcançará do quarto lugar para cima e secará Bryan para cair na repescagem. A francesa Johane Defay e a americana Sawer Lindblad podem faturar o título. Na bateria de Tati, haverá reedição da final da Olimpíada, contra a americana Caroline Marks. 

Etapa de Fiji 

Fiji não dá as caras do Circuito Mundial de Surfe desde 2017. A etapa da Oceania havia sido substituída pela piscina de ondas do americano Kelly Slater. Gabriel Medina desfilou por essas ondas em competições oficiais seis vezes e ganhou duas. Italo competiu no arquipélago em três oportunidades. O melhor resultado dele foi uma quinta colocação. Yago Dora foi 25º quando esteve por lá. Tatiana Weston-Webb foi vice em 2017, a última das quatro participações. 

Programe-se

Quando: 19 a 29 de agosto
Horário: A partir das 16h (horário de Brasília)
Onde: Tavarua, Fiji
Transmissão: SporTV e Globoplay

Baterias

Masculino

1ª: Italo Ferreira (BRA), Ramzi Boukhiam (MAR), Leonardo Fioravanti (ITA)
2ª: Jack Robinson (AUS), Ryan Callinan (AUS), Imaikalani deVault (HAV)
3ª: Griffin Colapinto (EUA), Barron Mamiya (HAV), Kelly Slater (EUA)
4ª: John John Florence (HAV), Kanoa Igarashi (JAP), Tevita Gukilau (FIJI)
5ª: Ethan Ewing (AUS), Cole Houshmand (EUA), Seth Moniz (HAV)
6ª: Yago Dora (BRA), Jake Marshall (EUA), Liam O´Brien (HAV)
7ª: Jordy Smith (AFR), Rio Waida (IDN), Matthew McGillivray (AFR)
8ª: Gabriel Medina (BRA), Crosby Colapinto (EUA), Connor O' Leary (JAP)

Feminino

1ª: Molly Picklum (AUS), Gabriela Bryan (HAV), Bettylou Sakura Johnson (HAV)
2ª: Caitlin Simmers (EUA), Sawyer Lindblad (EUA), Sierra Kerr (AUS)
3ª: Caroline Marks (EUA), Tatiana Weston-Webb (BRA), Erin Brooks (CAN)
4ª: Brisa Hennessy (CRC), Johanne Defay (FRA), Tyler Wright (AUS)

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postado em 19/08/2024 19:05 / atualizado em 19/08/2024 19:06
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