No empate em 2 a 2 com o Criciúma, no último domingo (18), o Vasco voltou a conviver um problema que já sofre há anos: levar pressão (e gols) no fim do jogo. E, pela segunda vez nos últimos três jogos pelo Brasileirão, cedeu empate no apagar das luzes, deixando quatro pontos pelo caminho.
Nos 22 jogos do time, estas duas vezes (contra RB Bragantino e Criciúma) foram as únicas que a equipe deixou escapar pontos dessa maneira na competição (gols sofridos além dos 43′ da etapa final). Mas o “sofrimento” já é recorrente na temporada.
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Afinal, por mais que tenha conseguido segurar a maioria dos pontos nas ocasiões que vencia pelo placar mínimo, o time sofre constantemente com pressão no fim dos jogos. Foi assim em algumas das vitórias no Brasileirão, como contra Grêmio (2 a 1), Vitória (2 a 1), Atlético-GO (1 a 0) e Inter (2 a 1).
Em três destas, o Cruz-Maltino abrira dois gols de diferença, o que costuma dar mais tranquilidade ao time que lidera o placar. Mas em todas essas vezes, a equipe cedeu um gol e começou a sentir a pressão de permitir o empate. O time, porém, segurou a vitórias nessas ocasiões.
Na Copa do Brasil também
Se colocar nessas situações com recorrência, porém, é “dar chance ao azar”. Fugindo um pouco do âmbito do Campeonato Brasileiro, o Vasco já sofreu com isso em 2024 na Copa do Brasil. Tais desatenções quase custaram (mais de uma vez) a eliminação no torneio de mata-mata.
Contra o Água Santa, pela segunda fase, o Vasco abriu 2 a 0 e parecia ter vaga assegurada. Mas, sentando na vantagem, o time arrefeceu e sofreu a virada, com o terceiro gol saindo aos 43′ da etapa final. Lucas Piton, porém, salvou a lavoura e marcou nos acréscimos para levar a decisão para os pênaltis.
Em placar repetido já na fase seguinte, contra o Fortaleza, o Gigante da Colina vencia por 3 a 2 até os 45′ do segundo tempo, quando cedeu o empate aos tricolores. Nos pênaltis, Léo Jardim salvou novamente e o Cruz-Maltino avançou de fase.
Nas oitavas, o cenário quase se repetiu. Em São Januário, o Vasco vencia o Atlético-GO por 1 a 0 e o empate levava para os pênaltis. Ineficaz para abrir 2 a 0 e, assim, matar o jogo, o time da Colina ficou novamente nas mãos de Léo Jardim para evitar o pior. Com um milagre nos acréscimos, ele evitou que a decisão fosse para os pênaltis pela terceira vez na competição.
Problema custa quatro pontos
Em décimo no Brasileirão, com 28 pontos, o Vasco poderia estar com 32 não fosse a desatenção na reta final dos prélios. Contra o Red Bull Bragantino, pela 21ª rodada, o time saiu atrás em São Januário e buscou a virada na etapa final. Aos 44′, porém, Helinho subiu livre e marcou de cabeça, “roubando” dois pontos preciosos do time da casa.
Depois, o time conseguiu fugir ao padrão e venceu o Fluminense por 2 a 0. A segurança pela vitória era tanta que a torcida conseguiu embalar um Olé, com o Vasco demonstrando superioridade e tranquilidade para garantir três pontos sem sustos.
Na rodada seguinte, porém, o cenário contra o Red Bull se repetiu. Contra o Criciúma, tal qual contra o Massa Bruta, o Cruz-Maltino levou 1 a 0 antes dos primeiros dez minutos e conseguiu a virada (desta vez, ainda no primeiro tempo). Na etapa final, a equipe, no entanto, não conseguiu ser efetiva na busca pelo terceiro gol. Com os jogadores cansando, Rafael Paiva precisou fazer substituições, que não encaixaram.
O Criciúma, jogando em casa, onde é muito forte e perdeu apenas duas vezes na temporada, foi para cima em busca do empate. E, após nove escanteios e muita pressão, o conseguiu. Os jogadores do Vasco não conseguiram segurar a bola, nem evitar as tentativas adversárias. Léo Jardim bem que tentou, com três grandes defesas, mas Bolasie conseguiu marcar novamente, fazendo o Vasco deixar mais dois pontos pelo caminho, o que desagradou o técnico Rafael Paiva e o atacante David.
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