Capital do esporte mundial nas últimas semanas com a disputa das Olimpíadas, Paris segue concentrando holofotes e recebendo os melhores atletas do planeta, mas agora para os Jogos Paralímpicos. Serão 11 dias de competição, com abertura oficial marcada para 28 de agosto, encerramento em 8 de setembro e muito Brasil em ação. Referência nas Paralimpíadas, o time verde-amarelo começou a desembarcar na capital francesa na segunda-feira e terá a maior delegação da história na competição.
Serão 279 atletas brasileiros, atuando em 20 das 22 modalidades dos Jogos. O plantel é composto por 254 esportistas com deficiência, três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos, um timoneiro do remo e 19 atletas-guia, dos quais 18 são do atletismo e um do triatlo. O contingente conta com 116 mulheres, o maior da história. São estes os representantes do país na missão de superar a campanha de Tóquio-2020. Na ocasião, o Brasil terminou em sétimo no quadro geral, assim como em Londres-2012, dono de 22 ouros e 72 medalhas ao todo — a melhor marca nacional.
Desta vez, o objetivo é subir na classificação e existe motivo de sobra para acreditar no brilho verde-amarelo em Paris, principalmente pelo desempenho no Parapan-Americano de Santiago-2023. O time brasileiro dominou a competição e empilhou recordes, com 343 pódios e 156 ouros, mais que Estados Unidos e Colômbia juntos, segundo e terceiro colocados, respectivamente. O sucesso também veio nos Mundiais, com destaque para o atletismo — a delegação foi a que mais ganhou medalhas e ficou em segundo, atrás apenas da China.
O Brasil estará com nomes de peso para fazer bonito na Cidade Luz. Entre os destaques, Phelipe Rodrigues retorna para a quinta Paralimpíada da carreira e é o maior medalhista entre os atletas do país. O nadador soma oito pódios, com cinco pratas, e pode superar o recorde de Daniel Dias. Recordista mundial nos 100 metros rasos, no atletismo, Petrúcio Ferreira também é presença certa em Paris para defender o ouro pela terceira edição consecutiva. Bruna Alexandre é outra que atrai a atenção. Primeira brasileira a disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, ela integrou a equipe do tênis de mesa feminino nas Olimpíadas, ao lado de Bruna Takahashi e Giulia Takahashi.
Brasília marca presença
Se tem Brasil, a capital federal não poderia ficar de fora. O DF será representado por nove atletas nos Jogos, com destaque para o goalball. A modalidade reúne quatro candangos, com as duplas Leomon Moreno e André Cláudio Botelho, no masculino, e Ana Gabriely e Jéssica Vitorino compondo o time feminino. Além deles, Carla Maia (tênis de mesa), Daniele Souza (badminton), Sérgio Oliva (hipismo), Wendel Souza (guia) e Wendell Belarmino (natação) carregam a bandeira de Brasília.
A capital do país também é casa para atletas que nasceram em outros estados, mas migraram para o DF e estarão em Paris. Aline Furtado, da canoagem, que começou na modalidade em 2021 e soma conquistas. Ouro no Pan-Americano de 2023, Campeonato Brasileiro de 2023 e Sul-Americano de 2022, a potiguar também é professora da rede pública e quer um lugar entre as melhores.
“São três anos de trabalho duro. Sou muito nova na modalidade, mas, desde o início, a ida para os Jogos era o objetivo. Agora, a primeira meta é classificar para a final, que é onde tem possibilidade de medalha, e depois brigar para estar no topo do pódio representando a nossa bandeira. A cabeça está pronta e o barco também, vamos com tudo”, projeta Aline.
Modalidades nos Jogos-2024
Atletismo
Badminton
Basquete em cadeira de rodas
Bocha
Canoagem
Ciclismo de estrada
Ciclismo de pista
Esgrima em cadeira de rodas
Futebol de cegos
Goalball
Halterofilismo
Hipismo
Judô
Natação
Remo
Rugby em cadeira de rodas
Taekwondo
Tênis em cadeira de rodas
Tiro com arco
Tiro esportivo
Triatlo
Vôlei sentado
*Estagiários sob a supervisão de Fernando Brito
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