Marta escreveu novamente o seu nome na história. Com a prata em Paris, a maior jogadora de todos os tempos é agora a recordista de medalhas do futebol brasileiro, agora com três. Ela já havia sido protagonista das campanhas das conquistas das duas pratas (Atenas-2004 e Pequim-2008), até então o maior feito do futebol feminino.
Ao conquistar a prata na França, Marta superou sete homens e oito mulheres brasileiras que subiram duas vezes no pódio no torneio de futebol olímpico. No feminino, as lendas Tânia Maranhão, Renata Costa, Daniela Alves, Formiga, Cristiane, Pretinha, Maycon e Rosana ganharam duas pratas com Marta.
Já no masculino, apenas sete homens conquistaram mais de uma medalha em Olimpíadas. Neymar esteve na conquista do ouro no Rio e na medalha de prata em Londres. Thiago Silva, Marcelo e Alexandre Pato também estiveram em 2012 e ficaram com o bronze em Pequim-2008. Luiz Carlos Winck e Ademir, ex-jogadores do Internacional, conquistaram duas pratas, em Los Angeles-1984 e Seul-1988. Bebeto ficou com a prata em Seul-88 e o bronze em Atlanta-1996.
Marta foi eleita seis vezes a melhor jogadora de futebol no mundo e também levou o Brasil a um vice-campeonato mundial em 2007. Neste ano, a Fifa reverenciou a carreira da atleta de 38 anos mais uma vez. A jogadora dará nome a uma nova premiação da Fifa, que será entregue ao gol mais bonito do futebol feminino.
Marta é imortalizada pela Fifa
A camisa 10 da Seleção tornou-se a primeira jogadora ainda em atividade a ser imortalizada pela entidade máxima do futebol. Assim como Puskás, Marta dará nome ao prêmio que reconhecerá as mulheres que marcarem o gol mais bonito. Até este ano, homens e mulheres concorriam juntos na categoria. Além das quatro linhas, a riachense é embaixadora da ONU Mulheres e participa ativamente de projetos voltados para outras questões sociais.
A craque brasileira é idolatrada por todos no futebol. Antes da decisão em Paris, as americanas rasgaram elogios para a jogadora do Brasil. “A Marta mudou o futebol no mundo todo. Ela é uma jogadora talentosa, mas também um grande ser humano, o que diz muito”, disse Trinity Rodman, que marcou três gols nos Jogos de Paris.
“Não estaríamos aqui sem a Marta. Ela mudou o jogo para sempre e continua mudando o jogo”, contou Sophia Smith. “Não há palavras que possam descrever o quanto somos gratos por uma jogadora como Marta, que é uma defensora de jovens jogadoras como nós”, completou Smith.
Em Paris, Marta foi fundamental. Ela foi titular nos primeiros três jogos da campanha olímpica. A jogadora foi expulsa contra a Espanha, no último jogo da fase de grupos, por causa de uma falta cometida na adversária. A Fifa puniu a atleta com dois jogos de suspensão. Embora fora das partidas decisivas, Marta ajudou nos bastidores. Ela conversava com as atletas e gostava de dar conselhos. Na decisão, a meia do Orlando Pride entrou no segundo tempo e criou várias jogadas ofensivas.
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