Tarja das olimpiadas
PARIS 2024

"Improvisado", Guilherme Costa abandona prova da maratona aquática no Rio Sena

Especialista das piscinas e recordista sul-americano não acompanha o ritmo dos líderes, sente dificuldade com a correnteza e não conclui os 10km. Atleta revela não ter treinado adequadamente

Guilherme Costa, o Cachorrão, não concluiu a prova de 10km das águas abertas nesta sexta-feira (9/8). Ele abandonou a disputa 1h16min26s5 depois da largada, a 2,4km do fim, e admitiu não ter treinado. -  (crédito: Satiro Sodré/CBDA)
Guilherme Costa, o Cachorrão, não concluiu a prova de 10km das águas abertas nesta sexta-feira (9/8). Ele abandonou a disputa 1h16min26s5 depois da largada, a 2,4km do fim, e admitiu não ter treinado. - (crédito: Satiro Sodré/CBDA)

Paris — Primeiro brasileiro a competir na natação e na maratona aquática, Guilherme Costa, o Cachorrão, sequer concluiu a prova de 10km das águas abertas nesta sexta-feira (9/8). Abandonou a disputa 1h16min26s5 depois da largada, a 2,4km do fim, e admitiu não ter treinado.

“Foi bem difícil, a correnteza estava muito forte. A nossa estratégia era tentar ser competitivo e perdi o pelotão no final terceira volta e, na quarta, vi que não dava para chegar. É uma prova para qual não treinamos nada. Tentei arriscar o máximo possível de permanecer no mesmo pelotão, mas não consegui”, comentou o atleta na zona mista.

Guilherme Costa havia percorrido mais de 7km do percurso no Rio Sena. Quando desistiu da disputa, ocupava a 22ª colocação na quarta volta, a 3m26s dos líderes. O brasileiro e os outros candidatos enfrentaram águas turbulentas, com muita correnteza.

Marinheiro de primeira viagem nas águas abertas, Guilherme Costa saiu até com arranhões no corpo, provocados por contato com paredes nas margens do rio. Nessa modalidade, é comum os competidores ficarem perto da borda, como estratégia para minimizar os impacto da correnteza.

A medalha de ouro foi conquistada pelo húngaro Kristof Razovszky. Ele cruzou a linha de chegada após 1h50min52s7 de aprova, seguido pelo medalhista de prata, o alemão Oliver Klemet (1h50min54s8) e pelo compatriota David Betlehem (1h51min09s0), dono do bronze.

As águas abertas não são a especialidade de Guilherme Costa. O carioca de 25 anos foi inscrito na competição por meio de uma regra extraordinária do Comitê Olímpico Internacional (COI). O Brasil não tinha representantes na prova e entrou na cota dos atletas com índices em provas longa da natação, como 1.500m e 800m. O brasileiro é o atual detentor dos recordes sul-americanos das duas provas, além dos 400m.

Guilherme Costa encerra a participação na segunda edição de Jogos Olímpicos. Também esteve em Tóquio-2020 e, em Paris-2024, comentou em cinco provas. Nas piscinas, disputou a final dos 400m livres (5º colocado) competiu nos 200m livres, 800m livres e revezamento 4x200m livres.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 09/08/2024 06:29 / atualizado em 09/08/2024 06:30
x