Tarja das olimpiadas
Olimpíadas Paris-2024

Time dos sonhos quase vive pesadelo, mas vence de virada e avança à final

Seleção estadunidense de basquete esteve atrás do placar no começo do último quarto, mas consegue virada contra a Sérvia e garante medalha em todas as participações olímpicas na modalidade

USA's #06 LeBron James (L) celebrates with USA's #04 Stephen Curry at the end of the men's semifinal basketball match between USA and Serbia during the Paris 2024 Olympic Games at the Bercy  Arena in Paris on August 8, 2024. -  (crédito: Aris Messinis/AFP)
USA's #06 LeBron James (L) celebrates with USA's #04 Stephen Curry at the end of the men's semifinal basketball match between USA and Serbia during the Paris 2024 Olympic Games at the Bercy Arena in Paris on August 8, 2024. - (crédito: Aris Messinis/AFP)

Em poucas modalidades olímpicas um país é tão favorito para ser finalista quanto os Estados Unidos no basquete, ainda mais com a introdução dos jogadores da NBA no torneio. Desde Barcelona-1992, quando surgiu o primeiro Dream Team para vingar a derrota contra os soviéticos na edição anterior, os estadunidenses venceram o ouro em sete ocasiões e só não ganharam em 2004, quando foram eliminados para a Argentina na semifinal. 20 anos depois, o sonho por pouco não virou pesadelo novamente, se não fossem os craques aparecendo quando mais precisava: 36 pontos de Stephen Curry, triplo-duplo de LeBron James e vitória de virada por 95 x 91 contra a Sérvia de Nikola Jokic para garantir um lugar no pódio.

A seleção dos EUA flertou – e muito – com a derrota. Atrás do placar desde o começo do jogo, os comandados pelo técnico Steve Kerr perderam todos os quartos e começaram o último atrás por 13 pontos, mas foi aí que a situação mudou. LeBron, que “convocou” os colegas de NBA para representar o país em Paris-2024 após vexames consecutivos na Copa do Mundo, somou 16 pontos, 12 rebotes e 10 assistências. Cestinha do jogo, Curry, na primeira olimpíada da carreira, ficou a um ponto de quebrar o recorde estadunidense em Jogos. E o “reforço” Joel Embiid, naturalizado de Camarões, fez mais 19, mesmo vaiado pelas arquibancadas pela recusa em escolher representar os franceses.

A performance foi suficiente para fazer 32 x 15 na última parcial, a maior virada dos Estados Unidos desde a introdução dos jogadores da NBA, e chegar em mais uma final, novamente contra a França, mas desta vez na casa do rival. O confronto é uma reedição da final de Tóquio-2020, vencida pelo time do Tio Sam com 27 pontos de Kevin Durant, outra estrela que faz parte do elenco deste ano e se tornou o atleta com mais pontos pela seleção, com 503. No recorte individual, ele pode se tornar o primeiro jogador com quatro medalhas de ouro no basquete.

A partida valendo o topo do pódio, marcada para às 16h30 de sábado (10/8), tem gosto especial para os dois lados. O tempero é de revanche para Les Bleus, liderados pelo jovem Victor Wembanyama e que conquistaram a vaga ao eliminar a atual campeã mundial Alemanha. Se vencerem, dariam a sétima derrota dos norte-americanos nas Olimpíadas, a quinta desde a introdução dos atletas da NBA. Do outro lado, o sabor é de hegemonia para os Estados Unidos, medalhistas em todas as 20 participações nos Jogos, e missão cumprida para LeBron James e companhia: o quinto ouro consecutivo.

*Estagiário sob supervisão de Fernando Brito

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postado em 08/08/2024 20:34
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