Caio Bonfim já fez história nas ruas de Paris quando conquistou a prata para o Brasil na marcha atlética de 20 quilômetros, a primeira do país na modalidade. Ainda assim, o candango quer repetir a dose e deixar o nome ainda mais marcado no livro olímpico da delegação verde-amarela. Ao lado de Viviane Lyra, 19ª na corrida feminina, eles encaram nesta quarta-feira (7/8), às 2h30 (horário de Brasília), os 42,195 km da marcha mista, novidade no programa olímpico para os Jogos de Paris-2024. Globo, SporTV, Globoplay e CazéTV transmitem.
O marchador brasiliense e a carioca terão 24 adversários no revezamento, que tem ordem definida de homem/mulher/homem/mulher, cada atleta percorrendo um trecho de 10 km – o primeiro faz 12,195 km. Apesar dos representantes do Brasil serem postulantes por um lugar no pódio, três duplas são candidatas a frustrar os planos brasileiros: Equador, Japão e Espanha. Os equatorianos terão Brian Daniel Pintado, ouro na marcha masculina, e Glenda Morejon, 6ª entre as mulheres. Já os japoneses e espanhois terão pares que não marcharam na prova individual.
Se conseguir chegar entre os três primeiros, o time formado por Caio e Viviane dará a 14ª medalha para a delegação verde-amarela em Paris-2024, porém será a segunda deles em conjunto. Eles foram bronze no revezamento do Pan-Americano de Santiago-2023, atrás justamente de uma dupla do Equador, com Morejón e Brian Pintado, medalhistas de ouro. Individualmente, a conquista seria a principal da carreira da carioca, que também tem prata nos Jogos Sul-Americanos de Assunção-2022.
Para Caio, subir ao pódio significaria se juntar ao seleto grupo de outros dez atletas multimedalhistas no atletismo olímpico, todos com dois. A lista é encabeçada por Adhemar Ferreira da Silva (salto triplo), primeiro bicampeão do Brasil em Jogos, Thiago Braz (salto com vara), Joaquim Cruz (800m), Afrânio da Costa (pistola livre), André Domingos (4x100m), Édson Luciano (4x100m), Vicente de Lima (4x100m), João do Pulo (salto triplo) e Robson Caetano (200m e 4x100m).
Para além das provas, o desempenho do candango também resultou em melhorias para a cidade natal. Ao Correio, o secretário de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Renato Junqueira, afirmou que o Augustinho Lima, em Sobradinho, onde o marchador treina, passará por reformas para melhorias da estrutura.
“Brasília é medalhista olímpica. Não é Caio, é Brasília, Sobradinho. Marchando naquelas ruas, ganhei várias medalhas olímpicas sonhando. Não pensei nisso durante a prova, porque é preciso ser racional, é nos treinos. Isso estava no íntimo do meu coração. Queria ter a ousadia do Rio-2016, a experiência de Tóquio-2020 e o primeiro amor de Londres-2012. Conseguimos aqui (em Paris)”, compartilhou Caio Bonfim.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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