Tarja das olimpiadas
Paris 2024

Brasil vai à decisão do skate park com Dora Varella

Finalista na edição de Tóquio-2020, paulistana de 23 anos repete a dose em Paris e coloca o país no páreo da categoria feminina. Isadora Pacheco e Raicca Ventura se despedem na primeira fase

Dora Varella repete feito na estreia da modalidade em olimpíadas, em Tóquio-2020, e vai à mais uma final do skate park. -  (crédito: Abelardo Mendes Jr./ CB)
Dora Varella repete feito na estreia da modalidade em olimpíadas, em Tóquio-2020, e vai à mais uma final do skate park. - (crédito: Abelardo Mendes Jr./ CB)

Paris — O Brasil manteve a escrita positiva de se classificar à decisão do skate park. Prata com Pedro Barros no masculino e finalista do feminino com Dora Varella e Yndiara Asp na inauguração das disputas com pranchas sobre rodas na edição de Tóquio-2020, o país comemorou o avanço de uma competidora à disputa feminina por medalhas nos Jogos Olímpicos da França. Nesta terça-feira (6/8), Dora Varella fez valer a experiência e repetiu a dose ao carimbar o passaporte para a briga por mais um pódio radical no Parque Urbano La Concorde. Também viu as compatriotas Isadora Pacheco e Raicca Ventura buscarem a vaga, mas se despedirem com a nona e a 12ª colocação, respectivamente.

A final do skate park feminino será disputada ainda nesta terça-feira, às 12h30 (de Brasília). Além das brasileiras, também estão no páreo: a atual campeã olímpica Sakura Yosozumi (Japão) e as donas da prata e do bronze em Tóquio, Cocona Hiraki (Japão) e Sky Brown (Grã-Bretanha). Completam a lista de candidatas: Bryce Wettstein (EUA), Hinano Kusaki (Japão) e Arisa Trew (Austrália).

As 22 skatistas foram divididas em quatro baterias classificatórias. A primeira das três brasileiras a dropar na pista do Parque Urbano La Concorde foi Raicca Ventura. A paulistana de 17 anos abriu o segundo lote de apresentações com boa volta, de nota 76,24. Isadora Pacheco com apresentação levemente mais ousada, avaliada em 82,07, que a colocou na quarta posição. Na segunda exibição, quando era sexta colocada, Raicca buscou aumentar o índice para não correr risco sair da zona de classificação, mas caiu e teve o 64.33 descartado.

Na performance final. Raicca não manteve o equilíbrio sobre a prancha e teve de contentar com a nota da volta de abertura e o sexto lugar provisório a duas baterias do fim. Mesma situação de Isadora. Ela fazia uma volta incrível, abusando de aéreos e alta velocidade, mas também caiu, nos últimos segundos da apresentação. Prevaleceu o 82,07 e a quarta colocação parcial.

Isadora e Raicca caíram posições e assistiram à última bateria sob pressão da classificação, em sexto e oitavo, respectivamente. Uma das cinco ameaças da última etapa prévia era a compatriota Dora Varella. Na primeira volta, Dora fez 76,57 e jogou Raicca para baixo. Na segunda exibição, subiu o sarrafo de dificuldade das manobras, voou alto, tirou 82,29 e saltou para a oitava posição. A última apresentação começou com movimentos básicos e seguros, mas teve ousadia a oito segundos do fim e uma queda que fez prevalecer a segunda nota e a última colocação entre as classificadas.

Formato

Diferentemente da categoria street, com elementos que replicam obstáculos de rua e na qual compete a medalhista de prata em Tóquio-2020 e bronze em Paris-2024, Rayssa Leal, a disputa do park é realizada em um bowl, uma espécie de piscina gigante vazia e com paredes inclinadas. As rampas variadas do circuito permitem aos atletas alcançarem altas velocidade e grandes alturas. As manobras de aéreo, quando o skatista voa por alguns instantes e retorna à pista, e na borda são as mais comuns nesse tipo de competição.

O regulamento olímpico do skate park prevê duas etapas. Primeiro, a de classificação às oito mais bem colocadas nas baterias. Durante a primeira etapa, competidoras têm direito a três voltas de 45 segundos cada. São avaliadas por cinco juízes com notas de 0 a 100, com base em critérios como estilo, velocidade, criatividade, grau de dificuldade e aproveitamento do espaço disponível. O melhor dos três índices será considerado para o avanço ou não à disputa por medalha. Formato semelhante é adotado na final, com as três tentativas de menos de um minuto.

Assim como no street, o Brasil coleciona medalha no park. Na edição de inauguração da modalidade, em Tóquio-2020, o catarinense Pedro Barros faturou a prata na disputa masculina. No feminino, Dora Varella e Yndiara Asp se classificaram para a final, mas terminaram na sétima e oitava colocações, respectivamente. Isadora Pacheco ficou na primeira fase, na décima posição.

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postado em 06/08/2024 10:40 / atualizado em 06/08/2024 10:47
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