Uma das representantes do Distrito Federal nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, Ketleyn Quadros voltará para casa com muita história para contar. Neste sábado (3/8), nas disputas na Cidade Luz, a ceilandense conquistou a segunda medalha do evento da carreira com o bronze da disputa por equipes mistas. O feito emocionou a judoca e provocou declarações de amor dela ao esporte pelo qual dedicou uma vida.
O sorriso de Ketleyn evidenciava a sensação de dever cumprido. Aos 36 anos, a judoca repetiu a experiência de Pequim-2008. Há 16 anos, quando experimentava a ascensão da carreira, a ceilandense faturou um bronze individual na categoria feminina até 57kg. Fazer a retrospectiva de todo esse tempo emocionou a judoca, minutos depois de relembrar a oportunidade de colocar uma medalha dos Jogos.
"Eu nem percebi esse tempo todo. Quando falam, cai a ficha de que passou alguns ciclos. Viver um sonho de alto rendimento é acordar todos os dias sabendo o motivo disso. Eu amo o que eu faço e o judô. Andamos juntos e eu levo como uma filosofia de vida. São 30 anos dedicados ao esporte. Tudo isso com muito amor. E a gente sabe que onde existe amor, tem sacrifício", discursou. "Sou muito feliz e realizada", pontuou.
Ketleyn fez questão de relembrar quem a apoiou durante as trajetórias olímpicas, incluindo pessoas do esporte amplamente admiradas por ela. "A gente anda que nem uma tribo mesmo. Os nosso ídolos andam com a gente e essa força de um com o outro nos transforma em um. Sair daqui com medalha é realmente a realização de um sonho ideal", comemorou a judoca brasiliense.
Ciente da importância das duas medalhas conquistadas por ela em Jogos Olímpicos, Ketleyn disse estar feliz por ter a oportunidade de fazer parte da história do judô no Brasil. "Bem quando mudou para melhor", destacou, lembrando outras judocas responsáveis por pavimentar o caminho percorrido por ela. "Se a gente puder agradecer nossas ex-atletas, de uma época que não podiam nem treinar, ruas plantaram para chegar nosso momento de colheita. Sou muito grata por fazer parte disso e ser referência do esporte", detalhou.
Em Paris-2024, a judoca brasiliense lutou em uma categoria mais alta (-70 kg e não na -63 kg). No entanto, destacou não ter enfrentado grandes problemas com a mudança de peso no tatame. "Desafio é com a gente mesmo. O Brasil, na pior das hipóteses, poderia não ter ninguém. Tinha eu ali para assumir essa responsabilidade e o grupo me apoiou muito. Disseram que eu era mais rápida para compensar a diferença. É legal da gente conviver e compartilhar", vibrou.
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