Olimpíadas Paris-2024

Tricampeão olímpico, Teddy Riner dá aula de judô e simpatia em conquista

Aclamado por uma Arena Champ de Mars em polvorosa, francês deu show no tatame em dia de empurrão sofrido por adversário derrotado. Na decisão, venceu e ergueu braço de adversário em reconhecimento

Teddy Riner venceu o sul-coreano Kim Minjong e conquistou o terceiro ouro da carreira nos pesos pesados -  (crédito: Abelardo Mendes Jr)
Teddy Riner venceu o sul-coreano Kim Minjong e conquistou o terceiro ouro da carreira nos pesos pesados - (crédito: Abelardo Mendes Jr)

Paris - Montada nas proximidades da Torre Eiffel para receber a benção do monumento mais histórico da França, a Arena Champ de Mars viveu o ápice de energia nesta sexta-feira (2/8). E não foi com o ouro da brasileira Beatriz Souza no feminino. Principal atleta dos últimos ciclos, o francês Teddy Riner causou frisson ao conquistar o tricampeonato em casa, em uma verdadeira aula de judô e de sinergia com o momento do esporte no país.

As competições da modalidade estão ocorrendo nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 desde o último fim de semana. Mas toda a expectativa estava centrada nos +100kg masculino, categoria de Riner. Nos dias anteriores, não era difícil encontrar projeções gigantes do rosto de Teddy em papelão nas arquibancadas em meio às bandeira da França. Nesta sexta-feira (2/8), o desempenho confirmou: valeu a pena esperar pelo brilho do dono da casa.

Cabeça de chave, Teddy Riner fez quatro lutas na Champ de Mars. Ovacionado em todas, confirmou o motivo de ser tão favorito. Passou por todos os adversários por ippon. Magomedomar Magomedomarov, Guram Tushishvili, Temur Rakhimov e Minjong Kim foram meros expectadores no tatame em dia de pura técnica do, agora, tricampeão olímpico. O francês demonstrou pleno domínio do confronto em clima extremamente positivo nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

Riner viveu duas situações curiosas. Ao ganhar de Tushishvili com um ippon extraordinário, foi empurrado e encarado pelo rival. O georgiano acabou desclassificado com expulsão por ato antidesportivo. Teddy apenas vibrou com o braço erguido. Na final, demostrou gigantismo. Tão logo ganhou, fez questão de abraçar o sul-coreano Minjong Kim. Em ato de reconhecimento, levantou o braço do rival para o público aplaudi-lo em meio ao delírio da conquista. Recebeu um abraço do adversário como forma de agradecimento.

Os gritos de "allez, Teddy" (vamos, Teddy, em tradução literal) fizeram a Arena Champ de Mars balançar como nunca antes nesta edição dos Jogos Olímpicos. Antes, as arquibancadas vibraram muito com o bronze de Romane Dicko, eliminada nas semifinais +78 kg feminino por Beatriz Souza. Na final de Riner, a torcida cantou freneticamente pelo maior judoca francês e foi agraciada com uma volta olímpica não executava por nenhum dos outros campeões. O clima era de estádio de futebol e a conquista incontestável do judoca apenas reforçou: o 2 de agosto estava marcado para ser o dia mais icônico do judô em Paris-2024.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 02/08/2024 17:29
x