Um dia depois de garantir o melhor resultado do Brasil na história da marcha atlética em Jogos Olímpicos, o atleta brasiliense Caio Bonfim, pôde, finalmente subir ao pódio para colocar a medalha de prata no peito.
Assim como diz a tradição no torneio, os vencedores da modalidade costumam esperar até o dia seguinte para fazerem parte da cerimônia de premiação nos estádios olímpicos das respectivas cidades sede. Apesar disso, Caio disse não ter se importado com a necessidade de esperar.
"Ontem foi um dia muito especial, mas recebê-la (a medalha) é mais especial ainda. Dormi medalhista. Mesmo sem ela, é legal porque você é um medalhista por dois dias. É bom poder curtir isso dessa forma", disse o brasiliense de Sobradinho, em entrevista à TV Globo.
O machador candango também alcançou um outro feito inédito. Presente em uma edição de Jogos Olímpicos pela quarta vez, Caio foi o primeiro brasileiro a conquistar a primeira medalha depois de passar em branco nas três participações anteriores.
Perguntado sobre a noção que tem em relação ao impacto que gerou à modalidade e ao esporte brasileiro, o candango relatou que ainda "está tentando entender" o feito alcançado por ele.
"Estou percebendo sim, e tentando entender. As redes sociais, as mensagens, o apoio. Fico muito feliz com isso, e por ter conseguido esse passo importante dentro da marcha atlética. Esse apoio é muito bom, porque você se sente abraçado, pelas pessoas vibrando pelo seu resultado", contou.
Ao lado da carioca Viviane Lyra, heptacampeã brasileira e campeã sul-americana da marcha de 50 km, Caio Bonfim integrará a dupla responsável por representar o Brasil na maratona de marcha atlética revezamento misto, na próxima quarta-feira (7/8). A modalidade é uma das estreantes nos Jogos de Paris-2024.
"Nós viemos aqui para fazer o nosso melhor. Eu e a Viviane estamos na nossa melhor forma. Estamos numa Olimpíada, e sabemos que o nível é muito alto, mas a entrega vai ser a mesma, vamos para cima", garantiu Caio.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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