A caminhada de Rebeca Andrade na ginástica artística dependerá do próprio corpo da atleta. Ao ser questionada sobre os plano para o futuro, na sala de imprensa da Bercy Arena, após a conquista do bronze inédito na categoria por equipes para a ginástica brasileira nos Jogos de Paris-2024, a atleta paulista deixou a questão em aberto.
De acordo com ela, o "futuro pertence a Deus", mas que estará disposta a competir enquanto o corpo dela mostrar que pode. Ela ainda confessou que, por conta das lesões, a disputa no individual geral é cada vez mais difícil.
"Eu digo que tudo a Deus pertence. Eu falo assim porque realmente, para mim, é muito difícil fazer o individual ao geral. Muitas vezes, para minha parte de meio interior, depois de tantas lesões. Porque eu não tenho só as lesões do joelho direito, eu tenho do joelho esquerdo, eu tenho uma em cada pé, então realmente é complicado, sabe? Mas eu não sei", explicou.
"Enquanto o meu corpo aguentar, eu vou estar aqui. Pode ser que eu não faça todos os aparelhos, pode ser que eu faça três, dois, um. A gente não sabe. Enquanto o meu corpo aguentar, eu estou aqui. Mas é importante preparar também os fãs, as pessoas que torcem, porque quando a gente se despede é muito difícil, mas eu acredito que quantas vezes nós vamos ter um futuro diferente, mas hoje também a gente tem que aproveitar todos esses momentos", complementou ela.
Apesar disso, Rebeca conta que, independente das lesões, o ambiente nas Olimpíadas é o melhor possível. Questionada sobre o clima na competição, e em situações de bastidores, como no ônibus, por exemplo, ela explica que a melhor parte é a concentração.
"No ônibus é muito tranquilo, gente. A gente só estava precisando de um ventinho, porque está muito calor. Mas é tudo certo, porque a gente depois coloca o fone, fica escutando nossas músicas, entra no nosso mundinho e vai".
Outra perguntada sobre o tema, Jade Barbosa, parte do quinteto premiado com o bronze, também falou um pouco sobre a convivência na Vila Olímpica, sobretudo entre os brasileiros. Na opinião dela, todos deveriam sentir o que é estar nas Olimpíadas.
"É muito legal esse clima do ônibus. E não somente do ônibus, sobre a vila. Os melhores estão ali. Todo mundo que trabalha duro está vivendo o mesmo momento. E ele é único", contou.
"Todas as partes da Olimpíada são muito legais. Eu queria que todo mundo tivesse a oportunidade de ver isso. No ônibus, você fica olhando aquelas pessoas que você nunca imaginou estar do lado. E você pensa, 'caramba, a Simone sentou do meu lado'. Caramba, quantas atletas você sempre quis ver? E você está do lado delas. E você é uma delas. Então esses momentos são únicos, são especiais. E a gente leva para sempre", relatou Jade.
*Estagiário sob a supervisão de Pedro Grigori
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