Tricampeão mundial e bicampeão da etapa de Teahupo'o na WSL, Gabriel Medina confirmou o favoritismo rumo ao ouro olímpico onde se sente em casa. Em disputa por uma vaga nas quartas de final do surfe em Paris-2024, o brasileiro deu show contra o japonês Kanoa Igarashi. Nas ondas taitianas, Medina superou o algoz da eliminação na semifinais dos Jogos de Tóquio-2020 e, de quebra, alcançou uma importante marca para o surfe brasileiro.
O triunfo por 17.40 (9.90 + 7.50) a 4.40 (3.67 + 0.73) marcou a maior nota e o maior somatório da história do esporte nas Olimpíadas, incluído na última edição dos Jogos. A vitória maiúscula de Medina não chegou, em nenhum momento, a ser ameaçada por Igarashi.
Logo no começo da bateria, o japonês, que somava alguns décimos na pontuação, viu o brasileiro tirar um 9.90 com um tubo quase perfeito. Na saída da onda, chegou a pedir um 10 aos juízes, e quase foi atendido.
No meio da disputa, Kanoa esboçou uma reação, mas nenhuma das manobras o renderam notas maiores do que três pontos. Na segunda metade, somou mais 7.50 com outro tubo e findou as chances do algoz de Tóquio-2020 obter uma nova vitória nos Jogos. Agora, caso João Chianca, o Chumbinho, supere o marroquino Ramzi Boukhiam, as quarta de final terão um embate brasileiro entre os dois.
"É assim que é legal surfar, dessa forma, com as ondas grandes. É desafiador. Eu senti que (a onda) foi um dez. Já ganhei um dez aqui, mas foi muito bom também", disse Medina à TV Globo, após a vitória.
"Espero que eu pegue o chumbinho. Dois brasileiros nas quartas, seria ótimo. Temos treinado bastante juntos. Sou Time Brasil, então, espero que aconteça", complementou Medina.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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