A declarações de Ana Carolina Vieira, expulsa da equipe de natação do Time Brasil, está mobilizando o Comitê Olímpico Brasileiro. O COB agora está apurando se houve de fato uma denúncia por parte da atleta sobre caso de assédio antes dos Jogos Olímpicos de Paris. A nadadora revelou o ocorrido através das redes sociais.
Em vídeo nas redes, Ana Carolina Vieira rebateu a expulsão do COB por ato de indisciplina durante as Olimpíadas de Paris. A atleta se defendeu sobre a acusação, disse estar ‘desemparada’ em Portugal e revelou um caso de assédio ignorado pelo Comitê na seleção de natação.
“Não consegui falar com ninguém. Me mandaram falar com os canais do COB, mas como vou entrar em contato com os canais do COB se já fiz uma denúncia e nada foi resolvido, de assédio dentro da seleção”, disse a nadadora.
COB abre investigação
Segundo o Comitê Olímpico, em contato com o GE, a declaração de Ana Carolina está sob averiguação do Compliance da instituição. O COB irá se manifestar após a conclusão da apuração sobre o caso.
Ana Carolina não entrou em detalhes sobre o caso de assédio, mas disse que conta com o suporte de advogados para especificar o ocorrido em breve.
“Vou falar tudo, falar com meus advogados, tudo certinho. Mas prometo falar tudo. Estou em, estou triste, nervosa, não sei. Mas estou com coração em paz. Sei do meu caráter e da minha índole. Isso que importa. Espero poder defender a natação brasileira e feminina. Contem comigo. Só peço um tempo e um pouco de paciência”, disse Ana.
O caso
A nadadora acabou cortada da delegação brasileira após deixar a Vila Olímpica sem autorização e contestar uma mudança na equipe de ”forma desrespeitosa e agressiva”. Ana Carolina Vieira saiu com seu namorado, Gabriel Santos, também atleta da natação, na noite da última sexta-feira (26). O atleta recebeu uma advertência.
O staff descobriu a infração por conta de postagens feitas nas redes sociais do casal. A nadadora, contudo, não contestou a punição recebida pelo COB, mas sim uma mudança na equipe de revezamento.
“A única forma que a gente colocou sobre a agressividade foi durante as conversas sobre as mudanças no revezamento. Mas foi nesse momento e nesse período que achamos por bem levar à comissão disciplinar essa situação e, portanto, as condições dentro do que o próprio regulamento exige”, contou Gustavo Otsuka, chefe da equipe de natação do Brasil.
Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook.