O time feminino do Canadá sofreu punição com a perda de seis pontos na Olimpíada. Afinal, tornou-se público um escândalo de espionagem sobre as adversárias por parte da técnica Bev Priestman e sua comissão técnica. Assim, a profissional se manifestou e assumiu a responsabilidade pelo episódio.
“Estou absolutamente de coração partido pelas jogadoras e gostaria de me desculpar do fundo do meu coração pelo impacto que essa situação teve em todas elas”, se retratou a treinadora em declaração através de sua defesa.
“Sei o quanto elas trabalharam duro após um ano muito difícil em 2023 e que são um grupo de pessoas que se importam muito com espírito esportivo e integridade. Como líder do time em campo, quero assumir a responsabilidade e planejo cooperar totalmente com a investigação”, complementou Bev.
A Fifa foi responsável por aplicar a sanção da perda de seis pontos na Olimpíada de Paris. Além disso, a Federação Canadense de Futebol afastou Priestman do cargo. A entidade máxima do futebol mundial também estabeleceu uma suspensão de um ano de atividades da comandante e seus assistentes Joseph Lombardi e Jasmine Mander também envolvidos.
Este caso veio à tona e gerou tais consequências depois de denúncia por parte da seleção da Nova Zelândia. Exatamente a primeira oponente da seleção feminina do Canadá na Olimpíada.
Panorama da seleção do Canadá na Olimpíada de Paris
A Federação Canadense também foi alvo de punição, com uma multa de 200 mil francos suíços (R$ 1,2 milhão na cotação atual) devido ao escândalo. Os profissionais que receberam as punições podem entrar com pedido de recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS). No entanto, a retirada dos pontos da seleção feminina teve efeito imediato.
Tanto que a equipe venceu seus dois embates até aqui na competição, sobre a Nova Zelândia e a França. Deste modo, o Canadá se encontra com pontuação zerada no Grupo A da Olimpíada depois de duas rodadas. Mesmo assim, tem a possibilidade de se classificar para as quartas de final, caso vença a Colômbia.
Com o incidente, houve acusações de que a prática da espionagem pela comissão técnica canadense não é algo recente. Assim, Brev se posicionou e defendeu que as conquistas do time são autênticas. A seleção do Canadá é a atual campeã olímpica na modalidade.
“Este programa e equipe permitiram que este país alcançasse o auge do futebol feminino, e a conquista da medalha de ouro veio por pura coragem e determinação, apesar dos relatos em contrário. Lutei com cada grama do meu ser para tornar este programa melhor, muito do qual nunca será conhecido ou compreendido”, frisou a treinadora.
Com o alvoroço da suspeita de espionagem, Priestman não esteve presente na estreia da equipe na competição, na última quinta-feira (25). Em seguida, algumas horas depois, a federação comunicou que a treinadora não participaria da campanha na Olimpíada. Desta forma, o auxiliar técnico Andy Spence é quem assume o cargo de maneira interina.
Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook.