O sonho de medalha olímpica do brasiliense Felipe Gustavo foi adiado. O skatista criado no Guará entrou em cena nesta segunda-feira (29/7) pelas baterias do street, mas não obteve índice para avançar à final da categoria, às 12h (de Brasília).
Felipe Gustavo precisava ficar entre os oito melhores skatistas da classificação geral após duas voltas de 45 segundos e cinco tentativas de manobras. Porém, ficou em 11 com nota 157,89, atrás do compatriota Giovanni Vianna (178,52).
O skatista brasiliense esteve em La Concorde no domingo (28/7), na final feminina do skate street. Em alguns momentos, foi uma espécie de auxiliar da medalhista Rayssa Leal na campanha de bronze, com orientações e apoio emocional.
Por ora, o único brasileiro com possibilidade de ir à disputa por medalha no Parque Urbano La Concorde é o paulista Kelvin Hoefler. O medalhista de prata em Tóquio-2020 disputou a primeira bateria e ocupava, até o fechamento desta matéria, a quinta colocação geral (265,24).
“Estar aqui é uma vitória. Foram três anos de muita luta para estar aqui, com os melhores 20 skatistas do mundo, e estou honrado. Foi um prazer ter representado o meu país, dei o meu melhor. O esporte acontece, tem dia que dá certo e que não dá, mas fazemos com muito amor mesmo. Estou muito feliz com isso. Foram três anos de uma classificação muito brutal, de muito sacrifício e muito foco. Tentei o meu máximo”, disse Felipe Gustavo ao Correio.
Para Felipe Gustavo, o adiamento da prova de sábado para domingo não atrapalhou. “Só ajudou. Eu estava com sinusite um dia antes e é muito ruim andar depois da chuva, pois fica muito vento”, avalia. Perguntado se pensa em competir em Los Angeles em 2028, cidade onde mora, mostrou descontração. “Ainda tem uma caminhada. Se der tudo certo, quero muito estar lá. Será mais acessível, espero que consiga ficar em casa ao invés de ficar na Vila (risos). Não vou parar de competir por agora e nem no ano que vem. Tenho planos familiares, vou casar em dezembro. Em 2028, espero ter dois filhos no meu colo e levá-los comigo será motivação”, compartilha.
Com duas Olimpíadas no currículo, Felipe Gustavo avalia saldo positivo após Paris-2024. “Eu não considero uma derrota, todos aqui são vencedores. Somos skatistas de rua e campeonato é uma cereja no bolo. Tem mais do que isso aqui. O skate não é só Olimpíadas. A nossa gratidão quando andamos de skate é enorme. O quanto não caminhamos para estar aqui em Paris-2024. Penso em projetos futuros, mas sou muito grato pelo que aconteceu. Quero muito que o skate cresça cada vez mais’, discursa.
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