OLIMPÍADAS

Regidos pela torcida, Alcaraz e Nadal avançam em Paris-2024

Em confronto duro contra os argentinos Máximo González e Andrés Molteni, espanhóis superaram desentrosamento com talento e levantaram o público na quadra Philippe-Chatrier de Roland Garros

Paris — O calor do sangue espanhol de Rafael Nadal e Carlos Alcaraz aqueceu o clima frio nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Na primeiro dia das disputas de tênis - marcados por várias cancelamentos de partidas pelas chuvas nas quadras abertas -, a dupla mais aguardada da modalidade na Cidade Luz entregou intensidade. Em um jogo equilibradíssimo contra os argentinos Máximo González e Andrés Molteni, os europeus venceram por 2 sets a 0 (parciais de 7 (7)/6 (4) e 6/4) deram o primeiro passo na busca por medalhas.

A expectativa em torno da participação dos multicampeõs Nadal e Alcaraz surgiu desde o anúncio da formação da dupla, semanas antes dos Jogos. A reunião dos espanhóis provocou frisson em Roland Garros. Os dois foram ovacionados ao entrarem em quadra a ponto de os argentinos ouvirem inesperadas vaias abafadas por aplausos menos contidos. As reações podem até ter ampliado a vontade de González e Monteni serem adversários parelhos aos astros.

Em Paris, Nadal e Alcaraz atuaram como dupla pela primeira vez nas carreiras. Embora levassem consigo o talento e o sucesso de anos passados em Roland Garros, havia o temos de o entrosamento ser um rival. Em determinados momento do jogo, até foi. Os argentinos, em outros momentos, forçaram erros dos espanhóis. Mas, no fim, prevaleceu o talento da lenda consolidada e da joia em ascensão.

Primeiro set

As reações efusivas nos acertos e de lamentação nos erros ou na falta de sorte evidenciaram a torcida de espanhóis, franceses e qualquer nacionalidade a não ser a argentina para Rafael Nadal e Carlos Alcaraz. Mesmo assim, a dupla badalada enfrentou problemas. Máximo González e Andrés Molteni forçaram o jogo quando era possível. Quando a genialidade não aparecia, o mérito rival levava o ponto.

Praticamente sem quebras de serviço, a primeira parcial na quadra Philippe-Chatrier teve o equilíbrio como ponto central. Rallys e qualquer bola mais ajustada às linhas da quadra, de ambos os lados, provoca reações nas arquibancadas. Mesmo com as dificuldades em impor domínio diante dos argentinos e correndo bastante para salvar bolas, Nadal e Alcaraz mostraram as razões do frisson sobre a dupla e fecharam o set em 7 (7)/6 (4).

Segundo set

A empolgação com as lendas foi freada logo no início o segundo quarto. Concentrados e encurralando Nadal e Alcaraz a cada reinício de jogo, Gonzáles e Molteni abriram três games de frente em sequência. A situação era complicada. Mas gigantes não caem tão fácil e o troco veio na mesma moeda para reestabelecer o equilíbrio. A partir daí, as reações da torcida em prol dos espanhóis voltou a fazer diferença. Como meninos jogando pela primeira vez, os astros vibravam bastante a cada bola encaixada na quadra adversária.

Embora os argentinos insistissem nas tentativas de complicar o jogo e provocarem uma eliminação precoce de Nadal e Alcaraz, os espanhóis responderam com intensidade e pavimentaram a vitória. Mais assertivos, os campeões de Roland Garros cumpriram o "mando de campo" e voltaram a se sentir em casa para avançar nas Olimpíadas da França. Ovacionados, deixaram a Philippe-Chatrirr aplaudidos de pé em pura sinergia ídolo/torcida.

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