Olimpíadas

Após ser eliminado, número 1 do mundo na esgrima protesta contra árbitros

O georgiano, que fará 31 anos na segunda-feira, se recusou a sair do local da prova e gritou contra a árbitra espanhola Vanesa Chichón

O esgrimista georgiano Sandro Bazadze, número um do mundo, reclamou com veemência dos juízes dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 ao ser eliminado neste sábado (27) nas oitavas de final da prova de sabre masculino: "Eles me matam pela segunda vez", protestou. 

O Grand Palais, sede da esgrima na capital francesa, já recebeu muitas exposições desde a sua criação, em 1900, e Bazadze proporcionou uma das cenas mais memoráveis. 

O georgiano, que fará 31 anos na segunda-feira, se recusou a sair do local da prova e gritou contra a árbitra espanhola Vanesa Chichón, depois de esta ter recorrido ao vídeo para declarar que o egípcio Mohamed Amer havia conseguido o toque que lhe deu a vitória por 15-14. 

O bicampeão europeu continuou a esbravejar contra ela depois, mas Chichón o ignorou e deixou a arena do Grand Palais, no centro de Paris. 

"Os juízes, como em Tóquio, estão me matando pela segunda vez", disse Bazadze aos repórteres pouco antes de deixar o local da prova, se referindo à derrota na semifinal diante do tricampeão olímpico Aron Szilagyi em 2021.

"Em Tóquio, eles destruíram minha vida, quase acabaram com a minha carreira", desabafou ele. "Voltei e me tornei o número um do mundo, me preparei para os Jogos Olímpicos, mas ela me matou". 

Bazadze deu um 'show' na capital francesa. O público chegou a vaiá-lo, mas ele pareceu não notar enquanto estendia os braços, implorando, em vão, a outros árbitros. 

No final, acabou saindo do Grand Palais sem parar de reclamar, baseado no fato de que, em sua opinião, o uso de vídeo não é comum nas Olimpíadas. 

"Minha carreira acabou. Acabou", disse ele. "Como posso voltar se os árbitros me matam o tempo todo?". 

Suas ameaças de 'pendurar a espada' coincidiram com promessas de não deixar morrer a questão do suposto erro de arbitragem. 

"Cheguei aos Jogos nas piores condições da minha vida", disse ele. "Não vou deixar assim. Juro pelos meus filhos que farei alguma coisa".

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