Quarto colocado mundial em 2023, João Chianca, o Chumbinho, iniciou a temporada sonhando em brigar pelo título. Mas um acidente em Pipeline, no Havaí, em dezembro, acabou tirando-o de boa parte da temporada e adiou seu sonho. Classificado para Paris-2024, o brasileiro garante que transferiu toda a vontade de brilhar no Circuito Mundial para a disputa olímpica, na qual esbanja confiança em brigar pela medalha de ouro.
Com muita luta e disciplina, Chumbinho conseguiu se recuperar em tempo recorde para voltar ao Circuito Mundial para "treinar" com a ambição de ir bem na Olimpíada. Competir no Taiti, seu lugar preferido no mundo, o motiva para representar bem as cores do Brasil.
Em 2022, em sua primeira temporada na elite, o surfista de Saquarema, no Rio de Janeiro, acabou não passando pela fase de corte e acabou buscando refúgio em Teahupo'o, justamente o palco olímpico e, por consequência, conhecendo um pouco melhor o local que a concorrência.
"Esse lugar surgiu logo depois do meu primeiro corte do circuito mundial. Eu vim para cá me reconectar, me apaixonar pelo surfe de novo. Foi um momento que eu estava desmotivado e esse lugar mudou todas as minhas expectativas e continua fazendo coisas incríveis pra mim", revelou Chumbinho.
"Esses Jogos Olímpicos têm um significado muito grande para mim, porque parece que algo foi tirado de mim quando o acidente ocorreu. Eu estava com muita gana de fazer grandes performances como as de 2023", disse. "Então, agora é uma oportunidade de ouro, tem um sentimento especial. Eu estava com muita vontade de voltar ao Circuito Mundial e isso foi tirado de mim. Ainda não vou ter a resposta do porquê, mas agora toda vontade que eu tenho de ser campeão mundial eu transferi para o título olímpico", revelou, confiante.
Além de estrelas mundiais, a Olimpíada ainda terá intensa disputa entre os brasileiros. Chumbinho terá a companhia verde e amarela de Gabriel Medina e Filipe Toledo e celebra ter os compatriotas a seu lado.
"Estar ao lado do Gabriel e do Filipe é muito bom. Eles sempre me acolheram muito bem e passaram o melhor da experiência possível. A gente tem uma amizade legal e temos aproveitado bastante essa convivência como equipe aqui", frisou. "É claro que são momentos tensos, porque a competição é de maneira individual e todo mundo tem a sua bolha, o seu momento de se afastar para não se distrair demais. Mas estou muito feliz de ter a oportunidade de aproveitar junto a eles para deixar as coisas mais leves."
O surfista de 23 anos vai para o mar na quinta bateria, ao lado de Ramzi Boukhiam, do Marrocos, e Billy Stairmand, da Nova Zelândia. A competição de surfe olímpica está agendada entre 27 de julho e cinco de agosto de acordo com as condições das ondas.
"É o sonho de todo mundo surfar Teahupo'o. Os Jogos Olímpicos, com todo o seu peso, maior competição esportiva do mundo, representando a nação, uniformizado, tudo em prol da nossa performance, do nosso conforto, deixa tudo muito especial. A energia de Teahupo'o é muito especial e ter os Jogos Olímpicos aqui é um sonho. Eu amo essa onda, sou muito fã. Meu amor por esse lugar é o suficiente para eu me sentir em casa."
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