Após 203 dias, o São Paulo marcou seu retorno à capital federal de uma forma desagradável para os tricolores que residem em Brasília. No Mané Garrincha, pela 18º rodada do Brasileirão, o Tricolor e o Juventude propuseram um jogo truncado e com poucas chances de gol, no placar de 0 x 0. Para infelicidade dos são paulinos e dos 26.476 torcedores presentes no estádio neste domingo (21/7), o Soberano deixa o G4 com esse empate e para voltar a posição precisará vencer o Botafogo, dentro de casa.
No apito inicial, o Tricolor Paulista de Zubeldía se mostrou ofensivo, abusando das pontas com Ferreirinha
e contando com a habilidade de Lucas Moura. O camisa 7 buscava tabelar com seus companheiros e puxar a marcação para o meio do campo. Com o auxílio dos jogadores localizados nas extremidades e a fluidez no meio campo com Alisson, a equipe obteve finalizações no gol quatro vezes com André Silva e Luciano, além de uma cabeçada de Luiz Gustavo no escanteio.
Em contrapartida, o Juventude de Jair Ventura -técnico estreante- tentava investidas ofensivas com Lucas Barbosa se infiltrando pelo meio e buscando seus companheiros com o propósito de inaugurar o placar e manter a vitória, uma vez que o time não perdeu como mandante no Brasileirão. O clube do Sul finalizou algumas vezes com Jean Carlos, Caíque; Jadson e Talliari tentando de cabeça, porém sem sustos para o sistema defensivo tricolor.
Ainda no decorrer da primeira etapa, os clubes propuseram um jogo truncado. O árbitro da partida, Wilton Pereira advertiu quatro jogadores, além das 13 faltas marcadas. Luciano não realizou obstruções para ser advertido, entretanto, como em algumas outras vezes, o atacante reclamou a arbitragem e tomou o cartão.
Se aproximando do fim de uma das partes do jogo, dos 30 aos 45, as equipes mantiveram o jogo estável, porém com o Juventude chegando duas vezes de cabeça e o São Paulo na melhor chance de abrir o placar no primeiro tempo com Luciano. A chance surgiu em uma falta cobrada a favor do tricolor. A bola rebateu na zaga do Juventude sobrando para o atacante fora da área, pegando a bola na veia e carimbando a trave. Posteriormente as chances de gol das duas equipes, o Wilton Pereira marcou o fim da primeira etapa.
Na etapa complementar, apesar da partida ser interrompida sucessivamente em razão das faltas, o São Paulo persistia em abrir o placar mantendo uma marcação alta e chegando próximo a área adversária com Lucas Moura ludibriando a defesa adversária com fintas. Em uma dessas infiltrações, o ponta coligou Ferreirinha dentro da área, que chutou rasteiro, para fora.
O Juventude tentava se aproveitar dos erros adversários, engatando contra ataques, e com alguns lançamentos ligando da defesa até o ataque. O meio campo de ambas as equipes no segundo tempo não tiveram muita criatividade para ligar seus atacantes, mantendo a partida sem agressões ao gol.
Em uma das bolas lançadas no ataque, Gabriel Taliari dominou e passou para Erick Farias,
que foi em direção a área, tentando se livrar da marcação. Quando conseguiu uma brecha, Erick chutou uma bola fraca na qual o goleiro Rafael se atrapalhou, permitindo o gol do Juventude. Entretanto, o paredão tricolor estava em um dia de sorte. O juiz anulou o gol em razão de uma bola na mão do Gabriel Taliari ao dominar a bola. O vexame de Rafael foi salvo pelo VAR.
O gol anulado serviu de combustível para estimular o tricolor paulista. Aos cânticos da torcida, a equipe foi para cima do Juventude na pressão e na intensidade, porém a equipe não conseguiu chances de perigo, pelo contrário. Quem continuou insistindo no gol foi a equipe verde, que se redimiu e deu o máximo de si nos minutos finais.
Luis Mandaca e Gabriel Taliari chegaram próximos de abrir o placar. Com mais perigo, Taliari recebeu na área e emendou uma bola que bateu no travessão e depois na linha do gol. Os jogadores do Juventude reclamaram com a arbitragem para conferir se a bola havia entrado, entretanto, ela não ultrapassou a linha toda do gol.
Tentando responder nas bolas aéreas, o Soberano não teve êxito nos seus ataques, marcando a infelicidade dos torcedores que residem na capital e foram até o estádio. Com sete minutos de acréscimo, ambos os clubes não conseguiram criar mais chances. E o que poderia marcar um bom retrospecto para os tricolores candangos, ficará na memória como uma atuação ruim da equipe de Zubeldia.
Ficha Técnica:
Juventude x São Paulo - 18ª rodada do Brasileirão 2024
Data e hora: Domingo, 21 de julho de 2024, às 18:30
Local: Arena Mané Garrincha, Brasília
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (FIFA/GO)
Assistente 1: Bruno Raphael Pires (FIFA/GO)
Assistente 2: Leone Carvalho Rocha
Quarto árbitro: Leonardo Willers Lorenzatto
VAR: Pablo Ramón Gonçalves Pinheiro (VAR-FIFA/RN)
Gol anulado: Erick Farias
Cartões amarelos: Allan Franco, Luciano, Zubeldía (São Paulo)
Jadson, Rodrigo Sam, João Lucas e Caíque (Juventude)
Público: 26.476
Renda: aproximadamente três milhões
Juventude (Técnico: Jair Ventura)
Gabriel; João Lucas, Rodrigo Sam, Abner e Alan Ruschel (Gabriel Inocêncio); Caíque, Jadson (Luís Oyama) e Jean Carlos (Ewerthon); Lucas Barbosa (Luís Mandaca), Erick e Gilberto (Gabriel Talliari). (Técnico: Jair Ventura)
São Paulo
Rafael; Rafinha (Nahuel), Arboleda, Alan Franco, Patryck; Bobadilla (Galoppo), Luiz Gustavo, Lucas Moura; Luciano (Wellington Rato), Ferreirinha (Rodrigo Nestor) e André Silva (Juan). Técnico: Luíz Zubeldía.
*Estagiário sob a supervisão de Fernando Brito.
Saiba Mais