Ricardo Teixeira tem participação discreta na festa do tetra
residente da CBF, banido do futebol em 2013, fez rápido discurso, foi cumprimentado por alguns atletas e sentou em mesa afastada
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Redação Jogada10
20/07/2024 12:30
imago images/Photogamma
Teixeira dirigiu-se aos presentes, agradecendo ao grupo formado e à conquista da Copa do Mundo, lembrando o momento pelo qual o país passava. Durante quase todo o evento, Teixeira permaneceu sentado em uma das mesas. Ele foi cumprimentado por ex-jogadores e membros da delegação que estiveram na celebração, sendo chamado de “meu presida” por alguns.
Em um momento de destaque, o ex-presidente da CBF posou para uma foto oficial com os outros presentes. Para a imagem, foi estendida a faixa original em homenagem a Ayrton Senna, que faleceu em maio de 1994. Abordado pela reportagem, Teixeira recusou-se a conceder entrevista. Em determinado momento, alguns ex-jogadores faziam discursos e ele acompanhou ao fundo. Convidado para ficar mais próximo por um dos presentes, ele recusou, permanecendo em pé por um tempo antes de retornar à cadeira que já utilizava.
Ricardo Teixeira x Romário
Em uma entrevista de 2020 à CNN, Teixeira revelou que “problemas de saúde anteciparam” sua saída da CBF, mencionando um transplante realizado em outubro de 2013, cerca de um ano e meio após sua renúncia à presidência da entidade. Romário, um dos protagonistas daquela seleção, também esteve presente no evento. Apesar das frequentes críticas a Ricardo Teixeira nos últimos anos, Romário posou ao lado dele na foto oficial.
No ano passado, Romário acusou Teixeira e Del Nero de tentar um golpe na CBF, publicando essa afirmação nas redes sociais em novembro. Em 2015, Romário declarou acreditar que “Marco Polo Del Nero, Marin e Ricardo Teixeira fazem parte da mesma quadrilha”. Na época, Del Nero era o atual presidente da CBF e Romário, senador pelo PSB-RJ.
Banido do Futebol
Ricardo Teixeira esteve envolvido em diversos escândalos de corrupção. Documentos revelaram que ele e João Havelange receberam subornos milionários da ISL, antiga agência de marketing da Fifa, por acordos para a Copa do Mundo na década de 90. A ISL vendia os direitos comerciais para transmitir as partidas do Mundial de futebol da Fifa, mas faliu em 2001 com dívidas de aproximadamente 300 milhões de dólares.
Em resumo, a Fifa baniu Teixeira do futebol após constatar que ele recebeu R$ 32,3 milhões em propinas pelos contratos da Libertadores, da Copa América e da Copa do Brasil. Esse valor foi mencionado na decisão de segunda instância do Comitê de Ética da Fifa que expulsou o ex-dirigente do futebol. Ademais, os documentos também citaram os ex-presidentes da CBF Marco Polo del Nero e José Maria Marin.
Teixeira, em suma, negou veementemente as acusações, alegando que não passavam de ilações dos advogados dos EUA sem evidências para sustentá-las. Ele afirmou, afinal, que nunca recebeu propinas nesses casos e que as acusações eram políticas, partindo de quem tinha interesse em seu lugar na Fifa. Teixeira, por fim, também argumentou que o Comitê de Ética não tinha mais jurisdição para julgá-lo, pois ele já havia renunciado a seus cargos no futebol. No entanto, a Fifa não considerou suas argumentações.
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