Um estudo recente conduzido pelo Departamento de Cirurgia Ortopédica da Escola de Medicina da Universidade de Stanford revelou que jogadoras de futebol feminino enfrentam um risco significativo maior de lesão no Ligamento Cruzado Anterior (LCA) ao jogar em campo sintético. A pesquisa, aliás, não encontrou diferença significativa no risco de lesão no LCA para jogadores masculinos em superfícies de jogo diferentes.
Tanto a grama natural quanto o campo sintético são superfícies populares para a prática do futebol. Estudos biomecânicos sugerem que o aumento das forças de fricção no gramado sintético pode contribuir para lesões do LCA. O risco aumentado de lesão no LCA em jogadoras de futebol feminino pode intensificar esse efeito, tornando essa questão um ponto crítico para a segurança no esporte.
A revisão incluiu sete artigos, abrangendo estudos em futebol profissional, universitário e juvenil. As análises revelaram que não há diferença significativa no risco geral de lesão no LCA ao jogar em Campo Sintético comparado com Gramado Natural. No entanto, um risco significativamente maior de lesão no LCA em jogos no campo sintético para jogadoras, mas não para jogadores masculinos
Os resultados indicam que jogadoras de futebol feminino têm um risco significativamente maior de lesão no LCA ao jogar em campo sintético em comparação com grama natural, enquanto nenhuma diferença significativa foi observada para jogadores masculinos.
Especialista opina estudo
O Dr. Marco Antônio de Araújo, diretor da clínica Arthphysio, comentou sobre o caso.
“Essas descobertas destacam a necessidade de considerar as diferenças de gênero ao avaliar a segurança das superfícies de jogo. É crucial que as organizações esportivas levem em conta esses dados ao tomar decisões sobre o uso de campos sintéticos, especialmente para equipes femininas”.
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