Cada vez mais íntimos, os campos da tecnologia e do futebol se juntam pelo objetivo de inovar. Durante a disputa da primeira fase desta edição da Eurocopa, um novo recurso aplicado com o auxílio da bola da competição, a Fussballliebe Official Match Ball, desenvolvida pela Adidas, permitiu a aferição dos chutes mais potentes dados pelos atletas e distâncias percorridas pela pelota após as finalizações.
Segundo o levantamento, o gol marcado com finalização de maior potência saiu dos pés de Erik Janza, da Eslovênia, no empate por 1 x 1 contra a Dinamarca. O chute alcançou a velocidade de 129 km/h. Em segundo lugar, está o romeno Razvan Marin, com 125 km/h na vitória por 3 x 0 contra a Ucrânia. Completando o pódio, a jovem estrela turca do Real Madrid Arda Guler registrou 118 km/h no sucesso por 3 x 1 contra a Geórgia.
A coleta de dados foi possível graças ao Connected Ball, sensor de movimento de unidade de medição inercial (IMU) de 500 Hz, estabilizado dentro da bola. Ele torna possível acessar a todos os elementos da atividade do objeto, como velocidade, distância percorrida e o quanto girou na trajetória.
Também possível registrar os chutes de maior distância, assim como as finalizações mais fortes a atingirem o alvo, mas sem gol, além das bolas que estufaram a rede com mais giros em volta do próprio eixo por segundo.
Em relação às conclusões que atingiram o alvo, mas não estufaram as redes, os números são ainda maiores. David Jurásek, da República Tcheca, alcançou 136 km/h. O lateral francês Theo Hernández computou 131 km/h. Contra a Geórgia, Cristiano Ronaldo passou perto: 130 km/h.
Os gols de maior distância também impressionam. Até agora, o tento de maior alcance é o golaço do dinamarquês Morten Hjulmand, contra a Inglaterra. Arda Guler e Razvan Marin voltam ao pódio, mas em posições diferentes. Em segundo, o turco marcou a 26,21 metros da meta. Em terceiro, o romeno comemorou a 24,99 metros do gol adversário.
O húngaro Kevin Csoboth foi o responsável por ir às redes com a finalização dona de maior número de rotações por segundo. Foram 16/s, contra a Escócia. Mykola Shaparenko, da Ucrânia, registrou 15,7 RpS, enquanto o alemão Florian Wirtz não esteve tão longe, com 15,02 RpS.
A tecnologia também é uma aliada da arbitragem. Um exemplo é o envio de dados do objeto aos árbitros de vídeo das respectivas partidas, em tempo real. Isso é possível por meio da combinação de dados da posição do jogador no campo com inteligência artificial, o que também contribui para o impedimento semiautomático.
A Connected Ball também ajuda os responsáveis pelo VAR a identificar cada toque individual da bola, o que reduz o tempo gasto nas tomadas de decisão para marcar toques de mão e pênaltis. O recurso distingue o contato com o pé ou a mão do contato com o solo, além de discernir o ponto de atrito com a precisão de cinco centésimos de segundo.
Durante a fase de grupos, o mecanismo foi utilizado em três momentos importantes relacionados ao contato da mão de um atleta com a bola. Na vitória por 1 x 0 da Eslováquia sobre a Bélgica, na abertura do Grupo E, foi utilizado uma vez. No empate em 1 x 1 entre Geórgia e República Tcheca, entrou em ação em duas oportunidades.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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