A disputa pelo bronze olímpico na categoria até 90kg do judô nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 nesta quarta-feira (31/7) foi marcada por uma decisão de punição para o brasileiro Rafael Macedo. Assim que ocorreu, a razão da desclassificação não ficou clara e até o técnico questionou a razão da punição.
Rafael lutava contra o frânces Maxime-Gael Ngayap e a luta estava empatada, sem nenhum ponto, mas ambos estavam com dois shidôs — que são as punições.
Em uma entrada do brasileiro, em que o atleta tentava imobilizar o francês e garantir pontos para terminar a luta, Rafael cometeu um golpe ilegal, levando o terceiro shidô e sendo eliminado. Mas, o motivo da punição só foi divulgado oficialmente horas depois do resultado da partida.
No site das olimpíadas, o motivo da punição para o brasileiro consta como "indeterminado", mas após questionamentos da comissão técnica brasileira aos juízes da modalidade, ficou claro o que ocorreu.
O golpe
O golpe ilegal cometido por Rafael seria o da "guilhotina" com as pernas no pescoço do francês, entretanto, o braço do adversário não estava no movimento, e portanto, ele não é permitido e deve ser punido. De acordo com Marcelo Theotonio, chefe da equipe de judô em Paris, quando a mesa organizadora da prova, foi mostrado um guia que determina que é para ser uma punição.
Em entrevista à Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Marcelo, destacou que tudo ficou muito confuso em um primeiro momento e que eles não tinham entendido a punição e que logo no começo, eles acreditaram que a punição teria ocorrido por Rafael ter pegado dentro da manga do quimono, o que não é permitido.
"Quando fomos até a mesa, conversar com os responsáveis pela arbitragem, essa posição, quando você pressiona só a cabeça, é realmente considerado matê e shido. Seria esse último ponto que o Rafael sofreu. O duro é que tem um guia que mostra uma situação um pouco diferente. Mas ali eles abriram um outro guia, com uma regra mais atualizada, e mostra que é shido. É uma pena, lamentável", destacou Marcelo.
Sobre a luta do brasileiro, ele estacou que toda situação é uma pena. "Era evidente que o Rafael estava superior na luta. É bastante discutível, mas ele vai manter o foco na disputa por equipes", salientou.
O chefe de equipe da CBJ, Marcelo Theotonio, foi à comissão de arbitragem ao final da competição para entender o 3º shido ao Rafael Macedo, que consta como “Indeterminado” no sistema de resultados.
— CBJ (@JudoCBJ) July 31, 2024
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