Depois de 201 jogos pela Seleção Brasileira, a ídola Marta viu o cartão vermelho pela primeira vez na vitória espanhola sob o Brasil nesta terça-feira (31/7) por 2 x 0. A partida foi a última da fase de grupos e agora a equipe verde-amarela depende dos resultados de três outros duelos para tentar avançar às oitavas como terceira melhor colocada. Será necessário torcer pela derrota de Austrália, Canadá e Zâmbia.
No outro duelo pelo Grupo C, o Japão derrotou a Nigéria por 3 x 1, se firmou na segunda colocação e deixou as nigerianas na lanterna. Enquanto o Brasil aguarda resultados alheios, as espanholas e japonesas já estão confirmadas na próxima fase.
Com mudanças na escalação, o técnico Arthur Elias apostou na força pela parte de trás e colocou cinco defensoras em campo. A zagueira Tarciane e a lateral-esquerda Tamires retornaram à titularidade do time. À frente também houveram mudanças Sem Gabi Nunes e Gabi Portilho, Ludmila e Kerolin fizeram o ataque brasileiro.
Como foi o jogo
O Brasil tentava desde o ínicio contrariar o favoritismo espanhol. A bola de Ludmila quase foi para dentro do gol, na invadida da atacantelogo aos sete minutos, mas parou na trave.
Aos 13 minutos a Espanha conseguiu balançar a rede, com Lucia García, mas foi marcada a posição de impedimento na Patri, que deu o passe para o gol. Contudo o gol invalidado serviu de gás para as adversárias firmarem a pressão sob o time brasileiro.
A Seleção Brasileira começou a investir os esforços no contra-ataque. Mas mostrava dificuldade no. Ainda, a equipe errava na saída de bola, no segundo passe e isso fez com que passasse por situações perigosas.
O Brasil começou a sentir a potência das campeãs do mundo. Aos 25 minutos, sobrou para a lateral as zagueiras Antônia e, em seguida, Tarciane afastarem as tentativas opostas em cima da linha. No lance seguinte, Teresa arriscou de longe e Lorena precisou pular para impedir o gol.
O que já parecia estar encaminhado para o intervalo tomou um rumo negativo para a equipe brasileira. Em uma divida com a zagueira Olga, a chuteira de Marta atingiu o rosto da adversária e a camisa 10 saiu aos prantos do jogo que pode ser o último em uma Olimpíada.
Apesar do desfalque, o Brasil retornou ao segundo tempo conseguindo agir no campo ofensivo e assustar a Seleção Espanhola. Aos cinco minutos de bola rolando na etapa final, Yaya agiu no contra-ataque e deixou Ludmila cara a cara com a goleira rival, mas a atacante finalizou para fora.
Mas a ascenção brasileira não foi suficiente para deter a Espanha. Aos 23 minutos da segunda etapa Mariona Caldentey avançou com a bola pela esquerda, perto da linha de fundo cruzou para Athenea del Castillo fazer a enfiada para dentro do gol. A goleira Lorena ainda espalmou, mas o toque da defensora deixou a redonda no pé da goleadora.
Após as espanholas abrirem o placar, o Brasil se desistabilizou e apagou em campo. A Seleção da Espanha aproveitou para apertar o ataque e o que não faltou foram chances de aumentar a vantagem, mas a defesa brasileira conseguiu evitar.
Aos 15 minutos de acréscimo Gabi Nunes tentou mostrou a esperança e a raça tupiniquim. A atacante teve chance de marcar com uma cabeceada em uma bola lançada por trás, mas apenas passou raspando. Quem não perdeu foi a Espanha. No lance seguinte Alexia Putellas, o grande nome da Seleção Espanhola, arriscou um chute de longe que entrou no ângulo, sem chance de uma defesa de Lorena.
Ficha técnica
Brasil 0 x 2 Espanha
Gols: Athenea del Castillo e Alexia Putellas.
Cartão vermelho: Marta
Escalações:
Brasil
Lorena; Adriana, Antônia, Lauren, Tarciane, Tamires (Yasmin); Duda Sampaio (Ana Vitória), Yaya (Thais); Marta, Ludmila (Gabi Portilho) e Kerolin (Jheniffer). Técnico: Arthur Elias.
Espanha
Cata Coll (Misa); Olga, Aleixandri, L. Codina, O. Batlle, Teresa; Patri (Aitana Bonmati), Eva Navarro (Mariona Caldentey); J. Hermoso (Alexia Putellas), Athenea del Castillo e Lucia García. Técnica: Montserrat Tome.
*Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima.
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