Momentos antes da conquista do bronze inédito da ginástica artística brasileira por equipes nos Jogos de Paris-2024, um momento de agonia chamou muito a atenção: a queda de Flávia Saraiva, a Flavinha, da barra.
Durante o período de aquecimento, antes do início da disputa propriamente dita, a ginasta carioca de 24 anos escorregou ao fazer uma manobra no aparelho e caiu com o rosto no chão. Como resultado, sofreu um corte no supercílio, região acima do olho, e precisou ser atendida. O corte, com sangramento expressivo, necessitou ser estancado com um esparadrapo.
Questionada depois da cerimônia de premiação sobre o ocorrido, Flávia revelou que só viu o que aconteceu quando já estava no chão, e que, além disso, teve dificuldade para enxergar com o olho machucado.
"Olha, ali eu nem sei muito bem o que aconteceu. Quando eu vi, eu já estava no chão. Aí eu só vi se eu estava inteira. Eu achei que eu tinha até perdido os dentes", contou.
Então, ao ser questionada sobre uma eventual necessidade de abandonar a disputa, Flavinha enfatizou que, além de estar bem, daria o melhor de si por um desfecho positivo na disputa.
"Falei que não, que estava bem. Tava ali, aquecida, né? Acordei na hora que eu caí. Mas não foi a minha melhor competição do ano, do dia. Mas eu dei o meu melhor do dia. Eu até falei para elas na hora 'eu não tô enxergando direito. Mas eu vou dar o meu 100%. Eu vou lutar junto com vocês até o final'. E, graças a Deus, a gente conseguiu terminar a competição inteira. Eu dei o sangue, literalmente", se orgulhou.
"E o resultado veio. E eu tô muito feliz de ter conquistado essa medalha por equipe. Eu falo pra todo mundo, competir por equipe é a melhor competição que tem. Principalmente pra mim, que me sinto muito abraçada pela minha equipe. A gente se ama muito. A gente sabe o quanto uma luta pela outra. E a gente trabalha muito todos os dias pra ter o nosso melhor resultado", adicionou ela.
*Estagiário sob a supervisão de Pedro Grigori
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