Tarja das olimpiadas
PARIS 2024

Ginástica artística: técnica do Brasil conta bastidores do bronze inédito

Na sexta participação em olimpíadas, Iryna Ilyashenko já treinou nomes como Daiane dos Santos, mas ainda não havia conquistado uma medalha olímpica

Equipe de ginástica com os treinadores Iryna Ilyashenko e Francisco Porath -  (crédito: Loic VENANCE / AFP     )
Equipe de ginástica com os treinadores Iryna Ilyashenko e Francisco Porath - (crédito: Loic VENANCE / AFP )

Paris — Na sexta participação em olimpíadas, Iryna Ilyashenko, técnica da seleção brasileira de ginástica, afirma ter chegado no ponto mais alto da carreira com a conquista do bronze na ginástica artística por equipes. A ucraniana, que veio para o Brasil há mais de 20 anos, já trabalhou com nomes como Daiane dos Santos, mas ainda não tinha se consagrado com a tão sonhada medalha olímpica. “Eu sonhava com essa medalha, mas nunca chegava, a Daiane estava perto, a Jade na época estava perto, e nunca chegava”, relata. 

Ao Correio, Ilyashenko narrou momentos de tensão na disputa pela medalha, como a queda de Flávia Saraiva ainda no aquecimento, na final desta terça-feira (30/7). “Flávia ficou tonta, ficou com dor de cabeça, depois disso tudo dá um pouco de segurança”, contou a treinadora em entrevista na zona mista do local de prova, em Paris. 

A técnica da equipe também acompanha a caçula, Julia Soares, há alguns anos. Ela destacou o nervosismo da jovem de 18 anos horas antes da prova. “Ela sabia que por causa de uma queda a gente pode perder a medalha (da competição em grupo)”, explica. “Óbvio que ninguém cobra, ninguém fala porque é muito difícil, ela podia errar, todo mundo podia errar, mas essa essa pressão psicológica nessa competição é muito difícil”.

Segundo Iryna, uma figura essencial para manter o equilíbrio da equipe foi a ginasta Jade Barbosa. Na entrevista, ela contou que a veterana, de 33 anos, chegou a conversar com a caçula e a acalmou antes da prova. “A Jade é como uma mãe para elas, ela cuida”, destacou a treinadora. 

Além de Jade, que ocupa um papel de líder que cuida da equipe, a técnica destacou a importância da presença de Rebeca Andrade. “Ela lidera nos aparelhos, é bem tranquila, ela sabe o que dizer, é bem concentrada”, comenta.

Com a tão esperada medalha, Iryna Ilyashenko brinca que já pode se aposentar, já que alcançou o pico da carreira. No entanto, ela destaca que ainda há disputas no horizonte, o que traz mais chances de pódio. Na quinta-feira (1ª/8), Rebeca Andrade e Flávia Saraiva competem no individual geral. Rebeca ainda disputa medalhas na trave, solo e salto, e a caçula Julia Soares busca medalha na trave. 

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postado em 30/07/2024 18:50
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