Tarja das olimpiadas
PARIS 2024

Simone Biles: o nome do ouro dos Estados Unidos na ginástica

A terça-feira foi só o início de uma overdose de Simone Biles em Paris-2024. Ela estará em mais quatro decisões nesta Olimpíada: individual geral, salto, trave e solo

Simone Biles em Paris 2024 -  (crédito: Gabriel BOUYS / AFP)
Simone Biles em Paris 2024 - (crédito: Gabriel BOUYS / AFP)

Paris — Vinte e sete de julho de 2021. Simone Biles chocava o mundo do esporte ao abrir mão de participar da final por equipes nos Jogos de Tóquio-2020. Motivo: uma apresentação ruim, que escancarou o desgaste mental da maior estrela da ginástica artística. Mil e noventa e nove dias depois, deixa o recado de que fez a coisa certa. Nesta terça-feira (30/7), foi o principal nome da conquista de ouro dos Estados Unidos justamente na decisão marcada pela desistência da multicampeã.

A Arena Bercy foi “invadida” por estadunidenses, 90% dos presentes na primeira decisão da ginástica em Paris-2024. Todos estavam torcendo por Jordan Chiles, Jade Carey e Sunisa Lee, mas o motivo de todo barulho era a baixinha de 1,42m e sete medalhas olímpicas — quatro de ouro. Cada aceno e cada movimento causava frisson. Os admiradores foram retribuídos com beijinhos e, claro, com a medalha.

A terça-feira foi só o início de uma overdose de Simone Biles em Paris-2024. Ela estará em mais quatro decisões nesta Olimpíada: individual geral, salto, trave e solo. A maior ameaça à sequência da dinastia Biles na ginástica artística é Rebeca Andrade. A queridinha do Brasil presentou o público com excelentes apresentações, mas não suficientes para alavancar o país para além do sexto lugar na classificação. Em Tóquio-2020, a delegação verde-amarela sequer participou da decisão vencida pelas atletas russas e com a prata dos EUA e o bronze da Grã-Bretanha.

O Brasil iniciou a final com atletas nas barras paralelas. O melhor desempenho no aparelho foi de Rebeca Andrade, com nota 14.533 — 8.333 de execução e 6.200 de dificuldade — 0.133 a mais do que o recebido na classificatória. Lorrane Oliveira e Flávia Saraiva foram avaliadas com 13.000 e 13.666, respectivamente. O índice de Rebeca alavancou o Brasil para a quinta colocação ao fim da primeira rotação. Os Estados Unidos puxaram a fila, com China e Itália.

As americanas abriram a disputa no salto sobre o cavalo. Simone Biles levou os compatriotas nas arquibancadas ao delírio com movimento nota 14.900. Atuais vice-campeãs, levaram a melhor em todos os “duelos” no revezamento com a Itália na primeira rotação.

  • Simone Biles em Paris 2024
    Simone Biles em Paris 2024 Gabriel BOUYS / AFP
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    Simone Biles em Paris 2024 Gabriel BOUYS / AFP
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    Simone Biles em Paris 2024 Gabriel BOUYS / AFP
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    Simone Biles em Paris 2024 Gabriel BOUYS / AFP
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    Simone Biles em Paris 2024 Gabriel BOUYS / AFP
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    Simone Biles em Paris 2024 Gabriel BOUYS / AFP
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    Simone Biles em Paris 2024 Lionel BONAVENTURE / AFP

O segundo desafio brasileiro foi na trave de equilíbrio. A caçula Júlia Soares, 18 anos, iniciou os trabalhos, mas sentiu a pressão ao sofrer queda que culminou em desconto. Na retomada, desequilibrou-se levemente antes e após sair com duplo mortal cravado. Chorou no banco e recebeu 12.400, 1.400 a menos do que o somado na classificatória. À vontade, apesar de ter sofrido um corte no supercílio durante o aquecimento, Flávia Saraiva cumpriu bem a série no aparelho preferido e aumentou a avaliação em comparação com a fase anterior: 13.433. Porém, não ficou satisfeita e solicitou recurso, negado em seguida. Rebeca Andrade abaixou o índice. Classificou-se com 14.500 e recebeu 14.413 na decisão.

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postado em 30/07/2024 15:40 / atualizado em 30/07/2024 15:40
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