Paris — O sonho de medalha olímpica de Guilherme Schimidt nos 81kg do judô masculino foi adiado e o desejo do segundo pódio de Ketleyn Quadros foi interrompido nos 63kg. Após os sucessos na fase preliminar, ficaram pelo caminho e não se classificaram às quartas de final das disputas individuais na Arena Champ de Mars, nesta terça-feira (30/7).
Guilherme Schimidt caiu diante do italiano Antonio Espotivo. O brasiliense tinha retrospecto positivo contra o europeu. Antes do encontro nos Jogos de Paris 2024, haviam se enfrentado em três oportunidades. O brasiliense levou a melhor em duas. No entanto, o duelo mais recente foi vencido pelo atleta do País da Bota, no Grand Slam 2024. Esposito se aproveitou disso.
Schimidt é o dono do quarto lugar do ranking mundial, enquanto Esposito ocupa a 13ª posição. O combate começou truncado. Schimidt buscou se aproveitar da luta no chão. Na segunda metade do tempo regulamentar, os dois tomaram punições por falta de combatividade. Schimidt recebeu o segundo shido, a punição, e ficou pendurado. Na sequência, viu o árbitro de vídeo revisar golpe do italiano e indicar um waza-ari no golden score, como um gol de ouro do futebol na prorrogação.
Ketleyn Quadros encarou um páreo duro contra a dona da casa Clarisse Agbegnenou. A cria de Ceilândia buscou o combate no início da partida, mas a francesa administrou bem. Na sequência, encurralou a brasileira e forçou duas punições por falta de combatividade contra a brasileira e a deixou em situação desconfortável. Experiente, Ketleyn buscou encaixar contragolpes, mas, a três segundos do fim, sofreu um waza-ari e viu o sonho da segunda medalha olímpica individual ruir.
”Geralmente, quando a gente se prepara para Jogos Olímpicos, é para todas as adversárias, incluindo a Clarisse. Isso não me assusta. Eu gosto. Eu me sentia confiante, mas tudo define ali na luta. É para isso que a gente treina todos os dias para que o detalhe seja a nosso favor. Eu dei o meu melhor”, disse Ketleyn, à transmissão da TV Globo.
Schimidt e Ketleyn ainda não voltarão para casa. Seguem concentrados com a Seleção Brasileira para a disputa por equipes mistas, no sábado (3/8). O país segue em busca da 27ª medalha olímpica no judô. É, disparada, a modalidade mais vitoriosa em Olimpíadas. A primeira foi obtida foi o bronze de Chiaki Ishii em Munique-1972. O japonês naturalizado brasileiro abriu caminho para sequência de conquistas em 11 edições consecutivas, de Los Angeles-1984 a Paris-2024.
O próximo compromisso verde-amarelo na disputa individual será nesta quarta-feira (31/7), com Rafael Macedo (90kg). O paulista de São José dos Campos enfrenta o holandês Noël van 't End, a partir das 5h (de Brasília).
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