Das três medalhas brasileiras até agora nas Olimpíadas de Paris-2024, duas delas vieram nos tatames da Arena Champs de Mars, casa do judô nos Jogos. Após a prata de Willian Lima e o bronze de Larissa Pimenta, a chance de somar novas conquistas na arte marcial passa pelo Distrito Federal. Nesta terça-feira (30/7), os candangos Guilherme Schmidt e Ketleyn Quadros começam a disputa da primeira fase nas categorias até 81kg e até 63kg, respectivamente, com chance de pódio verde-amarelo na França. O jovem judoca de 23 anos enfrenta Edi Sherifovski, da Macedônia do Norte, às 5h40 (de Brasília), enquanto a veterana medalhista em Pequim-2008 encara a espanhola Cristina Cabaña, às 6h30. TV Globo, SporTV, Globoplay e CazéTV transmitem.
Número 4 do ranking mundial no meio-médio (até 81kg), Schmidt estreia em Jogos Olímpicos, apesar de ter feito parte da equipe de apoio da Seleção em Tóquio-2020. Desde então, o candango aumentou o currículo e chega em solo francês como candidato a uma medalha para somar com o ouro e a prata no Pan-Americano de Santiago, além do vice no World Masters de Budapeste, ambos em 2023. O judoca também competirá na disputa por equipes mistas, marcada para sábado (3/8).
"Estar em Paris coroa um ciclo olímpico muito vitorioso. Conquistei medalha em quase todas as principais competições. É um sentimento de muita felicidade e é só um passo para o meu grande objetivo, a minha medalha olímpica", compartilhou ao Correio no primeiro capítulo da série Équipe Brasília.
Com o desempenho forte nos torneios recentes, Schmidt quer fazer frente ao georgiano Tato Grigalashvili, dono da categoria nos últimos anos e campeão mundial em 2022, 2023 e 2024. Além dele, outros candidatos para subir ao pódio são o japonês Takanori Nagase, o belga Matthias Casse e o sul-coreano Lee Joon-Hwan.
Inspiração para o conterrâneo, Ketleyn desembarcou na França para a terceira disputa olímpica da carreira. Dona do primeiro pódio feminino do Brasil no judô, na época na categoria até 57kg, a faixa preta nascida em Ceilândia Sul e porta-bandeira nos Jogos de Tóquio-2020 é a atleta mais experiente entre os 13 convocados para representar a equipe brasileira na modalidade, mas ainda tem gás para dar trabalho.
"Entendo que estou na reta final e espero fazer o melhor possível. Só estou aproveitando e, assim, vivendo. Hoje, sou uma Ketleyn muito feliz, muito realizada dentro da modalidade, mas não satisfeita", disse ao Correio.
Aos 36 anos, a judoca é a 25ª do ranking entre as mulheres no meio-médio (até 63kg) e conquistou a vaga Olímpica perto do início dos Jogos. Bronze no Pan de Santiago, Ketleyn não é uma das favoritas a medalha, mas quer surpreender a holandesa Joanne van Lieshout, a canadense Catherine Beauchemin-Pinard, a kosovar Laura Fazliu e a francesa Clarisse Agbegnenou, quarteto destaque na classe.
Se avançarem de fase, os brasilienses continuam em ação para as oitavas de final e assim por diante, até a final, marcada para o meio-dia, ainda desta terça-feira. O Brasil está atualmente em 18º no quadro de medalhas geral, com uma prata e dois bronzes. A liderança é do Japão, com 12 no total e seis ouros, seguido pela França, com cinco ouros e 16 ao todo.
*Estagiário sob supervisão de Fernando Brito
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