Parafraseando Vinicius de Moraes, um apaixonado pela capital francesa, as cidades feias que nos desculpem, mas a beleza de Paris é fundamental para o reencontro dos fãs com os Jogos Olímpicos. O maior evento esportivo do mundo não desembarca por acaso pela terceira vez (1900, 1924 e 2024) no berço do iluminismo. Lá nasceu Pierre de Coubertin, o responsável pela retomada do megaevento esportivo em Atenas-1896 na Era Moderna.
A 33ª edição devolve o público aos estádios, às arenas e às ruas três anos depois de Tóquio abrigar a Olimpíada sem público, em silêncio e com atletas usando máscaras em meio à pandemia. A covid-19 deixou 29 milhões de mortos. A nova vida será celebrada com uma cerimônia de abertura inédita ao ar livre, às margens do Rio Sena e aos pés da Torre Eiffel, longe das quatro paredes do Stade de France — sede do encerramento. “É uma luz no fim do túnel”, comemora o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.
Disputado paralelamente à guerra entre Rússia e Ucrânia; ao conflito entre Israel e Hamas aliado à tensão no Oriente Médio e à corrida à Casa Branca nas eleições dos Estados Unidos, Paris-2024 espera 19 dias de convivência pacífica de 26 de hoje a 11 de agosto.
O roteiro para o sucesso é cinematográfico. Paris-2024 será lembrada como Olimpíada urbana. O Comitê Organizador convenceu o COI a levar os artistas onde o povo (com bilhete) está. Se você não vai à França, conhecerá os cartões-postais pelas modalidades.
O vôlei de praia será disputado aos pés da Torre Eiffel. O ciclismo passará pelo Montmartre. A equitação terá como sede Versailles. Modalidades urbanas transformarão a paisagem da Praça da Concórdia. O tiro com arco vai se apoderar da Esplanada dos Inválidos. O triatlo e a maratona em águas abertas desaguam no Rio Sena. O governo francês investiu 1,4 milhão de euros na redução da poluição. Mais uma revolução francesa. Agora no esporte.
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Paris-2024 marca a volta de Simone Biles em alta performance. Em Tóquio-2020, a ginasta dos EUA abriu mão da competição e abriu debate sobre a saúde mental. Três anos depois, ela será páreo duríssimo no duelo à parte com a brasileira Rebeca Andrade.
O atletismo espera atualizações de recordes. O sueco Armand Duplantis no salto com vara. O velocista estadunidense Noah Lyles cobiça três ouros. O meio-fundista de ascendência etíope Sifan Hassan está pronto para competir nos 1.500, 5.000, 10.000m e na maratona! Shelly-Ann Fraser Price à caça da incrível marca de 10 medalhas. Coleciona três ouros, quatro pratas e um bronze. Eliud Kipchoge busca o tri consecutivo na maratona.
Na natação, vale reservar um dia para ver Katie Ledecky, Summer McIntosh, Caleb Dressel e León Marchand. Aos fãs de tênis, a delícia de ver Novak Djokovic, Rafael Nadal e Carlos Alcaraz em Roland Garros. Mathieu van de Poel reluz no ciclismo. LeBron James comanda o Dream Team de basquete masculino.
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