As Ligas Europeias e a FIFPro apresentaram uma queixa formal à Comissão Europeia contra a Fifa, acusando a entidade que regula o futebol mundial de violar as leis de concorrência devido ao calendário de jogos internacionais. Ao mesmo tempo, a La Liga também aderiu a esse processo.
Em comunicado, as Ligas Europeias, presididas pelo português Pedro Proença, que representam os principais campeonatos do continente, exceto a liga espanhola, afirmam que há anos vêm pedindo à Fifa um processo claro, transparente e justo para o calendário de jogos. No entanto, lamentam que a Fifa tenha se recusado repetidamente a incluir as ligas nacionais e os sindicatos de jogadores em suas decisões.
Dessa maneira, as Ligas Europeias e a FIFPro acusam a Fifa, liderada por Gianni Infantino, de tomar decisões unilaterais. Ao mesmo tempo, argumentam que o calendário internacional está saturado e tornou-se insustentável para as ligas nacionais e um risco para a saúde dos jogadores.
Ligas Europeias querem ‘proteger o futebol’
Além disso, as Ligas Europeias e a FIFPro afirmam que a entidade favorece suas próprias competições e interesses comerciais. Por isso, consideram que a ação judicial é o único passo responsável para proteger o futebol e seus trabalhadores das decisões unilaterais da Fifa.
Na luta contra o que consideram ser um abuso de posição, por entenderem que a Fifa exerce um duplo papel como reguladora global do futebol e organizadora de competições, criando um conflito de interesses, as Ligas Europeias anunciam ações separadas por ligas individuais e sindicatos de jogadores a nível nacional, num movimento global na Europa.
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“Os sindicatos de jogadores ingleses, franceses e italianos entraram com uma ação no tribunal comercial de Bruxelas em junho”, lembram.
Reação dura da Fifa
Em sua conta na rede social ‘X’, a Fifa reagiu duramente ao comunicado. Primeiro, lembrou que “o atual calendário foi aprovado por unanimidade pelo Conselho da Fifa, composto por representantes de todos os continentes, incluindo a Europa, após uma consulta abrangente e inclusiva, que incluiu a FIFPro e órgãos das ligas.”
Depois, criticou o movimento europeu.
“Algumas ligas na Europa — elas próprias organizadoras e reguladoras de competições — agem com interesse comercial, hipocrisia e sem consideração por todas as outras pessoas no mundo. Estas ligas aparentemente preferem um calendário repleto de jogos amigáveis e tours de verão, envolvendo muitas vezes extensas viagens pelo mundo.”
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Por fim, a Fifa afirma que “deve proteger os interesses gerais do futebol mundial, incluindo a proteção dos jogadores, em todos os lugares e em todos os níveis do jogo.”
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