Futebol feminino

Arthur Elias arma seleção 'corajosa e mais agressiva' para Paris-2024

Comandante da Seleção Brasileira Feminina prevê mudança de atitude da equipe tupiniquim, com estreia marcada para o próximo dia 25, contra a Nigéria

Membro do Grupo C, Brasil terá a concorrência de Espanha e Japão, além das próprias nigerianas, por uma vaga na próxima fase  -  (crédito: CBF / Staff Images)
Membro do Grupo C, Brasil terá a concorrência de Espanha e Japão, além das próprias nigerianas, por uma vaga na próxima fase - (crédito: CBF / Staff Images)

A seleção brasileira de futebol feminino fracassou nas últimas três edições olímpicas no mata-mata. Além do quarto lugar nos Jogos do Rio-2016, acabou eliminada nas quartas de final diante do Japão, em 2012, em Londres, e contra o Canadá, em Tóquio, na competição disputada em 2021. Novo comandante da equipe nacional, Arthur Elias garante um time "corajoso, organizado, confiante e mais agressivo" para brilhar em Paris-2024.

São 22 convocadas, sendo quatro suplentes, todas em preparação da Granja Comary, em Teresópolis. Com o grupo olímpico definido, Arthur Elias foca em dar entrosamento e aprimorar as táticas que pretende usar, inicialmente, contra Nigéria, Japão e Espanha, rivais do Grupo C. A estreia será dia 25, contra as nigerianas.

"Estou muito satisfeito com a preparação. Percebo o grupo com foco, mais isso é só um componente dentro do nosso ambiente de entendimento mais profundo do que precisa ser feito, em termos de modelo de jogo, para que a gente consiga ser mais consistente em todas as ações", afirma o técnico. "Estamos trabalhando em cima de propostas de jogo, de planos de jogo que apontam para os nossos diferentes adversários."

Em sua visão, é nítido o envolvimento e a integração das convocadas. "O comprometimento é grande e a gente tem visto um grupo cada vez mais forte em uma unidade de pensamento e de convivência, o que é certamente um fator importante para uma equipe passar de fase numa competição tão difícil e vencer no mata-mata também", diz, reconhecendo que a fase eliminatória é um ponto a ser melhorado.

"Historicamente, temos esse retrospecto muito ruim quando a seleção avança para o mata-mata. Então os últimos resultados são coerentes com isso, com as eliminações precoces. Nós temos um modelo de jogo, uma ideia, e estamos transmitindo isso, de vê-las mais encorajadas, mais agressivas, mesmo que, de forma controlada, passemos por alguns riscos. É preciso ir passo a passo e saber jogar criando chances de gols, com confiança e espírito de jogo para a bola entrar", destaca.

E não tem medo de apostar em grandes resultados em Paris. "O torcedor vai ver com certeza uma seleção com presença no jogo, com concentração, que vai tentar atacar e ser agressiva, que vai jogar confiante, tentando tirar o melhor de cada atleta, pois elas possuem características diferentes, e uma equipe organizada dentro de campo", aposta.

"Isso eu garanto que a gente vai conseguir ver, independentemente do nível de confrontos que vamos ter, que é muito alto, mas com certeza a seleção brasileira vai ter essa identidade", complementou ele. 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 15/07/2024 18:35
x