O evento entre La Liga e Ministério da Inclusão da Espanha, relativo ao combate ao racismo no futebol, contou com declarações significativas de Javier Tebas. Em apresentação, o presidente da entidade não só avaliou o trabalho desenvolvido na luta contra discriminação, mas também projetou o futuro com Vinícus Júnior como embaixador da liga espanhola.
Javier Tebas exigiu ainda mais empenho na exclusão de racistas dentro dos estádios no país, mas reconheceu avanços nesse sentido. Citou, inclusive, um exemplo de punição a insultos desconhecidos publicamente contra o camisa 7 do Real Madrid. Questionado sobre Vini Jr., o presidente declarou que o vê como líder da causa e reiterou seu papel de aliado na luta contra injúria racial no futebol.
“Vinicius recebe insultos racistas porque é um líder na luta contra o racismo. Agora não pode ser embaixador da La Liga porque é um jogador em atividade, mas, quando se aposentar, evidentemente que vamos lhe propor isso. Devemos evitar que os racistas estejam dentro dos nossos estádio. Tem que denunciar aquele que diz macaco ou faz os gestos”, e continuou:
“Vou dar um exemplo: em Pamplona, houve um insulto que Vinicius nem ouviu, mas nós denunciamos. Não podemos ficar parados. Tem que ser reativo e ativo para acabar com isso. Podemos fazer mais e vamos fazê-lo”, concluiu.
Combate ao racismo
As declarações de Javier Tebas ocorreram durante um evento para anunciar a colaboração entre La Liga e Ministério de Inclusão, Previdência Social e Migrações da Espanha. O acordo tem como objetivo combater o racismo, promover a inclusão e gerar debates a fim de erradicar comportamentos discriminatórios no futebol.
Além de Javier Tebas, presidente da La Liga, a ministra de inclusão, Elma Saiz, também participou da apresentação da inédita ação conjunta entre as partes. A colaboração deverá ser formalizada em acordo firmado para o início da temporada 2024-2025.
“Na LALIGA, estamos lutando contra o racismo há anos e participar de projetos como este do Governo, trabalhar com o setor privado e público, apenas valida todo o esforço investido até agora. Estamos convencidos de que este acordo significará um ponto de virada na luta contra a violência e o ódio”, disse Tebas.
Recentemente, ocorreu a campanha “We are going to win this match (Vamos ganhar este jogo)” com objetivo de promover a inclusão no esporte. A ação durou quatro semanas e gerou debates sobre exterminar discursos de ódio capazes de incentivar comportamentos discriminatórios.
Vini Jr. lidera luta contra racismo
No dia 10 de junho, Vinícius Júnior celebrou uma de suas maiores conquistas na carreira – e não foi em campo. Isso porque em sentença inédita, três torcedores foram condenados a oito meses de prisão na Espanha por crime contra integridade moral com agravante de discriminação. O trio proferiu ofensas racistas contra o brasileiro durante uma partida em maio de 2023.
O caso ocorreu no estádio do Valencia, no dia 21 de maio de 2023. Vini Jr. foi chamado de ”mono” (macaco em espanhol” por integrantes da torcida mandante. A partida precisou, inclusive, ser interrompida por alguns minutos. Logo depois, os três acusados chegaram a ser detidos pela polícia, mas posteriormente foram liberados.
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